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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Rezar em Congregação em Casa



Pergunta: É permitido oferecer orações em congregação em casa, e não ir até a mesquita?
Resposta:
    Nós aconselhamos estas pessoas a temerem a Allah, Glorificado e Exaltado, e rezar em congregação com os muçulmanos nas mesquitas, pois a visão mais correta sobre este assunto é de que a oração em congregação deve ser oferecida nas mesquitas, e não é permitido para um homem ficar afastado das orações em congregação a não ser que haja uma desculpa. O Profeta ? disse: "Eu estava pensando em mandar um homem dar o iqaamah (chamamento para oração), então eu ordenaria que um outro homem liderasse as pessoas em oração, e eu iria com alguns homens carregando fardos de lenha, até as pessoas que não comparecem à oração em congregação e eu iria queimar suas casas".
     Estas pessoas podem ter rezado, mas o Mensageiro ? queria que elas rezassem com a congregação, pois é descrito como tal na shariah. A congregação que é descrita como tal na shariah, é a congregação na mesquita. E as mesquitas são os locais onde as pessoas são chamadas à comparecer no momento da oração. Além do mais Abd-Allah ibn Mas’ood (que Allah esteja satisfeito com ele) disse: "Quem quer que queira encontrar-se com Allah amanhã como Muçulmano, que atenda regularmente estas orações onde o chamado para elas é feito".
     "Onde o chamado para elas é feito" significa o lugar de onde o chamado é feito. Isto tem a ver com as cinco orações diárias.
     Em relação à Jumu’ah (oração de sexta-feira), é definitivamente obrigatório oferecê-las na mesquita.
    Com relação às orações naafil(voluntárias), o Profeta? disse: "A melhor das orações é aquela que é oferecida em sua própria casa, exceto as orações obrigatórias".
     Baseado nisto, é melhor para a pessoa oferecer orações voluntárias em sua casa, com exceção das orações voluntárias as quais são prescritas na mesquita como a oração do eclipse, assumindo que ela não é obrigatória. E Allah é a Fonte de Força. Fim da citação.
      Shaykh Ibn ‘Uthaymeen (que Allah tenha piedade dele), Majmoo’ Fataawa Ibn ‘Uthaymeen, 15/19.
      Shaykh Ibn ‘Uthaymeen também disse:
      Não é permitido para ninguém ou para nenhum grupo rezar em casa quando a mesquita é próxima. Mas se a mesquita for distante, e eles não podem ouvir o adhaan, então não há pecado se eles rezarem em congregação em casa. O descuido que algumas pessoas exibem em relação a este assunto é baseado na visão de alguns estudiosos (que Allah tenha piedade deles) que o propósito de rezar em congregação é unir as pessoas em oração mesmo se não for em uma mesquita, e se as pessoas rezam em congregação, mesmo em suas casas, então eles terão feito o que foi prescrito.
     Mas a visão correta é a de que é essencial para a congregação estar em uma mesquita, porque o Profeta ? disse: "Eu estava pensando em mandar um homem dar o iqaamah…" Fim da citação.

Traduzido por Danielle Aisha

sábado, 10 de dezembro de 2016

Felicitações no Início do Ano Hijri

Foi perguntado ao Sheikh Muhammad Ibn Salih Al-'Uthaymin (rahimahullah): Qual é o veredicto quanto a felicitar pessoas na ocasião do novo ano Hijri, e como deve uma pessoa responder a alguém que lhe felicita?


Ele respondeu:
"Se alguém te felicitar, então responde, mas não inicies tais cumprimentos. Esta é a opinião correcta em relação a este assunto. Então, se uma pessoa te disser, por exemplo, "Feliz Ano Novo", então podes dizer "Que Allah faça deste um bom e abençoado ano para ti". Mas não deves iniciar tal cumprimento, porque não sei de nenhum relato em que os salaf [primeiras gerações do Islam] se felicitassem uns aos outros na ocasião do novo ano, pelo contrário, os salaf não consideravam o primeiro dia de Muharram como o primeiro dia do ano novo até ao califato de 'Umar Ibn Al-Khattab (radiAllahu 'anhu)".

O Sheikh 'Abd Al-Karim Al-Khudayr disse, em relação a felicitações na ocasião do novo ano de hijri:
"Suplicar por outro muçulmano em termos gerais, em frases que não são ditas com intenção de ser um tipo de ritual, em ocasiões como o 'Eid, é aceitável, especialmente se a intenção com este cumprimento for amizade e mostrar uma cara amiga ao seu irmão muçulmano."

Imam Ahmad (rahimahullah) disse:
"Eu não inicío o cumprimento mas se alguém me cumprimenta, eu retorno o cumprimento, porque responder ao cumprimento é obrigatório. Mas ser o primeiro a felicitar não é Sunnah nem proibido."


Fonte: IslamQA
Traduzido por: Cláudia Sofia Simões

Parecer sobre Festas de Aniversários no Islam

Pergunta: Qual é o parecer sobre a organização de celebrações de aniversários de crianças ou de aniversários de casamento?

Resposta: Não há celebrações no Islam, exceto a de sexta-feira, que é o ‘Eid semanal, o primeiro de Shawwal, a saber Eid al-Fitr, e o ’Eid al-Adha. O dia de ‘Arafah pode ser chamado um ‘Eid para aqueles que estão no ‘Arafah naquele dia, e os dias de Tashriq [ou seja, o 11º, 12º e 13º dias de Dhul Hijjah] subsequentes ao ‘Eidul-Adha.

Com relação à celebração do aniversário de uma pessoa ou do aniversário de seus filhos, ou de aniversários de casamento ou coisa semelhante, nenhuma delas está legislada e elas estão mais próximas de serem inovações do que serem permitidas.

Shaykh Muhammad bin Saalih al-`Uthaymeen
Fatawa Arkanul-Islaam, Edição em Inglês
Publicado pela Dar-us-Salam, pg 265

A Proibição de se Dizer "Insha'Allah" quando se Faz Súplicas



Autenticamente relatado sob a autoridade de Abu Huraira que o Mensageiro de Allah (sallalahu ‘alayhi wa salaam) disse: “Nenhum de vós deveis dizer: Oh, Allah, perdoe-me se Tu quiseres (in shaa Allah)”, ou: “Oh, Allah, tens misericórdia de mim in shaa Allah”, ao contrário devem sempre recorrer a Allah com firmeza, pois ninguém pode forçá-Lo a fazer algo contra a Sua vontade" (Narrado por Bukhari)
Segundo o relato de Muslim, ele (sallalahu ‘alayhi wa salaam) disse: "Deve-se recorrer a Allah com firme determinação, pois nada é muito ou grande demais para Allah dar.” Porque todos nós somos miseráveis e humildes diante de Allah, o Altíssimo, e Ele é Autossuficiente, Louvabilíssimo, o Mensageiro de Allah (sallalahu ‘alayhi wa salaam) proibiu a qualquer um que suplique a Allah adicionando ao seu pedido: “... Se Tu quiseres”, pois isso sugere uma falta de interesse por parte de Allah nas necessidades dos
Seus servos, nem é condizente com o verdadeiro espírito de humildade em que o muçulmano deve se aproximar de seu Rabb. Também não é adequado sugerir que Allah trata Seus servos de uma forma tão inconstante, aceitando alguns pedidos, e rejeitando outros por mero capricho - Allah, o Altíssimo, está muito acima disso. Na verdade, Ele nos informou que responde a súplica de todos os que lhe pedem:
“Quando Meus servos te perguntarem de Mim, dize-lhes que estou próximo e ouvirei o rogo do suplicante quando a Mim se dirigir. Que atendam o Meu apelo e que creiam em Mim, a fim de que se encaminhem." (Alcorão 2: 186). 
Então Ele, o Glorioso, o Altíssimo, nos ordena que quando pedirmos a Ele devemos fazê-lo implorando, suplicando, não importando se o que foi pedido é grande ou pequeno, pois nenhum pedido é difícil para Ele, O Altíssimo, conceder, pois Ele é o dono de todas as coisas nos céus e na terra, o Distribuidor absoluto de todas as coisas e Ele é capaz de fazer todas as coisas.
Benefícios derivados deste Hadith:
1. A proibição de dizer: "... se Tu quiseres", quando suplicando a Allah. 
2. A legalidade da súplica e confirmação de sua eficácia. 
3. Confirmação da plenitude e perfeição de Allah. 
4. Que implorar a Allah com firmeza, em vez de timidamente e se desculpando, é pensar bem Dele, O Mais que Glorificado, o Altíssimo. 
5. Que Allah é livre de toda imperfeição.
Relevância deste Hadith para o assunto do Capítulo:
Que o Hadith prova a proibição de dizer: "... in shaa Allah," ao fazer súplicas a Allah.
Relevância deste Hadith quanto ao Tawhid: 
Isso prova que é proibido dizer: "... in shaa Allah", quando suplicamos a Allah, pois sugere alguma falta ou imperfeição Nele, como se Ele pudesse nos atender ou não, de acordo com Seu capricho, e tal idéia é incompatível com o Tawhid correto.
Tradução: Islane Castelo 
Fonte: Kitaab At-Tawhid, "O Livro do Tawhid"
Shaikh Imam Muhammad Abdul-Wahhaab, Kitaab At-Tawhid, Capítulo: 51

O Parecer com Relação ao Miladun-Nabi (O Aniversário do Profeta)

Pelo nobre sábio ‘Abdul- Aziz bin Baaz


Todos os louvores são para Allah e que as bênçãos de Allah e a Sua paz estejam sobre o Mensageiro e sobre a sua Família, seus Companheiros e todos aqueles que seguem a sua orientação.

Não é permitido que se celebre Milaadun-Nabi (o aniversário do Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele)) nem o aniversário de mais ninguém, já que este é dos atos de bid’ah (inovações) que foram recém inventadas na religião [1]. Nem o Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele)  ou os Califas Bem Guiados (Sucessores), ou os Companheiros (que Allah esteja satisfeito com todos eles), nem nenhum de seus seguidores das três primeiras excelentes gerações, celebraram este dia – e eles foram as pessoas mais conhecedoras com relação a Sunnah (a orientação Profética) e que tinham o maior amor pelo Mensageiro de Allah (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) e foram os primeiros a seguir a sua Shari’ah (Leis Prescritas).

Foi autenticamente estabelecido a partir do Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) que ele disse: “Quem quer que introduza algo neste assunto nosso, que não é parte dele, terá isso rejeitado” [2]

Em outra narração autêntica, ele (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: “Segure-se firmemente à minha Sunnah (orientação) e ao caminho dos Califas bem guiados depois de mim, agarre-se firmemente a ele. E cuidado com os assuntos recém inventados, pois cada assunto recém inventado é uma inovação e cada inovação é um desvio.” [3]

Assim, estas duas narrações contém um forte alerta contra as inovações na religião e agir de acordo com elas. Isto é porque Allah – o Único livre de todos os defeitos – diz em Seu Livro Claro:
“E o que o Mensageiro vos conceder, tomai-o; e o de que vos coibir, abstende-vos dele. “ [Surah al-Hashr (59):7]

Allah – o Poderoso e Majestoso – disse:
“Então, que os que discrepam de sua ordem se precatem de que não os alcance provação ou não os alcance doloroso castigo.” [Surah an-Nur (24):63]

Allah – o Altíssimo – disse:
“E os precursores primeiros, dentre os emigrantes, e os socorredores e os que os seguiram com benevolência, Allah Se agradará deles, e eles se agradarão d’Ele, e Ele lhes preparou Jardins, abaixo dos quais correm os rios; nesses, serão eternos, para todo o sempre. Esse é o magnífico triunfo.” [Surah at-Tawbah (9):100]

E Allah – o Altíssimo – disse:
“Hoje, eu inteirei vossa religião, para vós, e completei Minha graça para convosco e agradei-Me do Islão como religião para vós.” [Surah al-Maa’idah (5):3]

Os versículos com este significado são muitos. Então, aceitar esta celebração ou  qualquer outro ato de adoração recém inventado, pressupõe que Allah – o Perfeitíssimo – não completou e aperfeiçoou Sua religião para esta Ummah e que o Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele)  não deixou completamente claro para a sua Ummah o que é necessário com relação aos seus deveres, até o advento daqueles que vieram mais tarde e inovaram na religião de Allah, para o que eles não tiveram permissão, alegando que se aproximariam de Allah por tais inovações. E isto - sem dúvida - é um grande perigo e equivale a criticar Allah - o Perfeitíssimo - e Seu Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele). Pois Allah - o Único livre de todos os defeitos - de fato aperfeiçoou esta religião para Seus servos e completou Seu favor sobre eles. E o Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) transmitiu claramente a Mensagem, não deixando nenhum caminho que leve ao Paraíso, nem nenhum caminho que distancie a pessoa do Fogo, sem ser explicado à sua Ummah. Isto foi comprovado em uma narração autêntica, de ‘Abdullah ibn ‘Amr (que Allah esteja satisfeito com ele), na qual o Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: “Allah não enviou nenhum Mensageiro que não fosse seu dever informar sua Ummah do bem que soubesse e alertá-los sobre o mal que soubesse.” [4]

Sabe-se que o nosso Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) é o melhor dentre todos os profetas e o último deles e o mais perfeito deles com relação a transmitir a Mensagem e aconselhar as pessoas. Assim, se celebrar o seu milaad(aniversário) fosse parte da religião que Allah – o Perfeitíssimo – escolheu, então o Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) certamente o teria explicado à sua Ummah ou ele mesmo o teria celebrado ou seus nobres Companheiros (que Allah esteja satisfeito com todos eles) o teriam celebrado. No entanto, já que nada disso aconteceu, então sabemos que a celebração do milaad não tem nada a ver com o Islam. Pelo contrário, isso é das inovações sobre as quais o Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) alertou a sua Ummah, como foi mostrado nas narrações anteriores.

Há uma outra narração autêntica, similar em significado, às duas anteriores e é o seu (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) dito em sua Jumu’ah khutbah (sermão da sexta-feira): “Verdadeiramente, o melhor discurso é o Livro de Allah e a melhor orientação e exemplo é o de Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele). E o pior dos assuntos são os recém inventados e cada assunto recém inventado é uma inovação e cada inovação é desvio.” [5]

Devido a isto, um grupo de sábios rejeitou a prática do milaad e alertou contra isso, agindo de acordo com as provas supramencionadas e seus semelhantes. No entanto, alguns dos sábios posteriores diferiram, no que permitiram tal prática, determinando que isso não acarreta em nenhum assunto pecaminoso e maligno; tal como o exagero no louvor ao Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) ou a livre mistura entre homens e mulheres, ou tocar instrumentos musicais e cantar e outros assuntos tais que são rejeitados pela Shari’ah pura. Eles acham que tal prática é uma bid’ah hasanah (uma boa inovação na religião)[6]. Todavia, o princípio da Shari’ah é: sempre que uma controvérsia surge entre as pessoas, então o assunto deve ser remetido ao Livro de Allah e à Sunnah do Seu Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele). Allah – o Todo-Poderoso e Majestoso – disse:
“Ó vós que credes! Obedecei a Allah e obedecei ao Mensageiro e às autoridades, dentre vós. E, se disputais por algo, levai-o a Allah e ao Mensageiro, se sois crentes em Allah e no Derradeiro Dia. Isso é melhor e mais belo, em interpretação.” [Surah an-Nisaa (4):59]

Allah – o Altíssimo – disse:
“Seja o que for de que discrepeis, seu julgamento é de Allah.” [Surah ash-Shuraa (42):10]

Assim, se remetermos este assunto – sobre a validade da celebração do milaad – ao Livro de Allah, acharemos que o Livro (ou seja, o Alcorão) nos comanda a seguir o Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele)  naquilo que ele trouxe e isso nos alerta contra aquilo que ele proibiu. Também nos informa que Allah – o Perfeitíssimo – aperfeiçoou a religião do Islam para a Sua Ummah. Sendo assim, deste ângulo não há nada naquilo com o que o Mensageiro de Allah (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele)  veio, com relação a esta celebração e, portanto, isso não pode ser parte da religião que Allah aperfeiçoou para nós e nos ordenou a aderir ao seguir o Mensageiro.

Então, se recorremos à Sunnah do Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele)  não encontraremos nela que ele (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) celebrou seu próprio aniversário, nem ordenou a sua celebração, nem encontraremos nenhum dos Companheiros (que Allah esteja satisfeito com todos eles) o celebrando! Portanto, será absolutamente claro para qualquer um que tenha a menor visão e esteja desejoso da verdade e justiça, que a prática de celebrar o Milaadun-Nabi (o aniversário do Profeta) não faz parte da religião, ao invés disso é bid'ah (inovação) que temos sido avisados e ordenados a abandonar.

Isso também é uma forma de imitação cega dos judeus e cristãos em suas festividades. Sendo assim, a pessoa sensível não deve ser enganada pelo largo número de pessoas, de vários locais, que praticam isso, já que a verdade não é meramente conhecida por números, mas pelas provas da Shari’ah. Allah – o Altíssimo – disse com relação aos judeus e aos cristãos:
“E dizem: ‘Não entrará no Paraíso senão quem é judeu ou cristão.’ Essas são suas vãs esperanças. Dize: ‘Trazei vossas provanças, se sois verídicos.’" [Surah al-Baqarah (2):111]

E Allah – o Altíssimo – disse:
“E, se obedeces à maioria dos que estão na terra, descaminhar-te-ão do caminho de Allah.” [Surah al-An’aam 6:116]

A maioria destas celebrações milaad – tanto quanto são inovações – envolvem outros tipos de males também; tais como a livre mistura entre homens e mulheres, cantar e tocar instrumentos musicais, e o beber e o fumar de intoxicantes. Existe em tais celebrações, algo que é pior do que tudo isso, e isso é a maior forma de shirk (associar parceiros na adoração a Allah), através do exagero sobre o Mensageiro de Allah (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele)  ou sobre os falecidos awliyaa  (servos pios de Allah), pela suplicação a eles, buscando a ajuda deles ou acreditar que eles têm o conhecimento do ghayb (o invisível oculto) e outros assuntos de kufr (descrença), considerando que é autenticamente relatado do Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele)  que ele disse: “Cuidado com o ghulu (o exagero) na religião. Pois, na verdade, aqueles que vieram antes de vós foram destruídos devido aos seus exageros na religião.” [7] E ele (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) também disse: “Não me superexaltem como os cristãos superexaltaram Jesus, Filho de Maria, mas sou apenas um servo de Allah. Então me chamem de servo de Allah e Seu Mensageiro.” [8]

Um dos assuntos mais estranhos é que um grande número de pessoas que participam ativamente desta celebração inovada e que a defendem vigorosamente, não tomam cuidado em cumprir com aqueles assuntos que Allah fez obrigatório para eles, tais como rezar as cinco orações diárias e isso nem ao menos os incomoda de todo. De fato, muitos deles nem ao menos acham que estão cometendo um grande pecado! Não há dúvidas que isso se deve ao seu iman (fé) fraco e à sua falta de visão e ao fato de que o coração deles está coberto com a imundície dos pecados e desobediência. Pedimos a Allah que nos proteja e que nos perdoe e a todos os muçulmanos.

Um dos assuntos mais estranhos também é que alguns deles acreditam que o Mensageiro de Allah (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) está, de fato, presente na celebração milaad deles, assim, consequentemente, os participantes levantam-se para saudá-lo e dar-lhe as boas-vindas. No entanto, isto é das maiores mentiras e a pior forma de ignorância, porque o Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele)  nem sairá de seu túmulo antes do Dia do Julgamento, nem encontrará a ninguém, nem irá às suas reuniões. Ao contrário, ele permanecerá em seu túmulo até o Dia do Julgamento, enquanto sua nobre ruh (alma) reside nos mais altos lugares com seu Senhor, na casa do exaltado, como Allah – o Altíssimo – disse:
“Em seguida, por certo, depois disso, sereis mortos. Em seguida, por certo, no Dia da Ressurreição, sereis ressuscitados.”  [Surah al-Mu’minun (23):15-16]

O Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: “Eu serei o líder dos filhos de Adão no Dia da Ressurreição e eu serei o primeiro a quem a Terra se abrirá e eu serei o primeiro a interceder e o primeiro cuja intercessão será aceita.” [9]

Assim, esta nobre ayah (versículo) e este nobre hadith – e aqueles versículos e ahadith com um sentido similar – provam que o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) e outros que também morreram, apenas sairão de seus túmulos no Dia da Ressurreição. E este é um assunto sobre o qual há um acordo entre os sábios muçulmanos, não havendo diferença entre eles. Então, é sobre todo muçulmano considerar cuidadosamente estes assuntos e tomar cuidado com essas inovações e desvios que têm sido introduzidos pelos ignorantes e seus semelhantes, para os quais Allah não enviou nenhuma autoridade. É a ajuda de Allah que é procurada e Ele, sozinho, é confiado, e não há força, nem nenhum poder, exceto com Allah.

Quanto a enviar a salaah e o salaam (invocar louvores e bênçãos de paz) sobre o Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), então esta é uma das melhores formas de se aproximar de Allah e das ações que são virtuosas. Allah – o Altíssimo – disse:
“Por certo, Allah e Seus anjos oram pelo Profeta [ou seja, Allah elogia o Profeta aos anjos e os anjos suplicam por perdão por ele]. Ó vós que credes! Orai por ele e saudai-o [enviando salaah e salaam (bênçãos de paz)], permanentemente;” [Surah al-Ahzaab (33):56]

O Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: “Quem quer que envie uma única benção sobre mim, então Allah enviará a ele dez bênçãos.”[10] Então, isso é ordenado em todas as ocasiões, particularmente ao fim de toda oração, ou antes um grupo dentre as pessoas do conhecimento de fato consideram que é obrigatório na sentada final de cada oração e o consideram altamente recomendado em outras horas, tal como ao final do adhaan (o chamado para a oração) e depois de mencionar o nome do Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), e também no dia do Jumu’ah (sexta-feira), como é provado por várias narrações autênticas.

Que Allah nos ajude e a todos os muçulmanos a alcançar um entendimento claro da religião e que Ele nos favoreça, fazendo-nos agarrar à Sunnah e fazendo-nos tomar cuidado com a bid’ah. De fato, Ele é o Generosíssimo, o Amabilíssimo. E que a salaah e o salaam (a exaltação de Allah e bênçãos de paz) estejam sobre nosso Profeta Muhammad e sobre a sua família, seus Companheiros e seus seguidores.

Notas de Rodapé:
[1] Ash-Shaatibi disse em al-'ltisaam (1/33), sobre a definição técnica da palavra bid'ah (inovações): "Uma maneira recém-inventada na Religião, por imitação ou correspondente à Shari’ah, através da qual a proximidade de Allah é procurada. Tal ação não é suportada por nenhuma prova autêntica - nem a ação em si, nem o modo como ela é realizada."
[2] Relatado por al-Bukhari (2/166) e Muslim (5/133), de 'Aisha (que Allah esteja satisfeito com ela).
[3] Sahih: Relatado por Ahmad (4/126) e Abu Dawud (nº.4607), de al-'lrbaad ibn Saariyah, que Allah esteja satisfeito com ele. Foi declarado autêntico por al-Haafidh Ibn Hajr em Takhrij Ahaadith Mukhtasar-Ibnul-Haajib (1/137).
[4] Relatado por Muslim em seu Sahih (nº 1844).
[5] Relatado por Muslim (6/153), de Jaabir ibn 'Abdullaah (que Allah esteja satisfeito com ele).
[6] Consulte o artigo seguinte em refutação deste conceito.
[7] Sahih: Relatado por Ahmad (1/215) e Ibn Maajah (n. 3064), de Ibn 'Abbaas (que Allah esteja satisfeito com ele). Foi autenticado por al-Haafidh Ibn Taymiyyah em Majmu'ul-Fataawaa (3/383).
[8] Relatado por al-Bukhari (nº. 3445) e Muslim (nº.1691), de 'Umar (que Allah esteja satisfeito com ele).
[9] Relatado por Muslim (7/59), de Abu Hurayrah (que Allah esteja satisfeito com ele).
[10] Relatado por Muslim (n° 408), de Abu Hurayrah (que Allah esteja satisfeito com ele).

O Estado Original
Ibn Battah relata em Ibaanah (nº136), que o nobre sábio e taabi’ee, Abul-‘Aaliyah (m.90H) – que Allah tenha misericórdia dele – disse:
“Aprendam o Islam. Após aprenderem o Islam não se afastem dele pela direita, nem pela esquerda. Mas sim, permaneçam na Senda Reta e na Sunnah do vosso Profeta, que a paz e as bêncãos de Allah estejam sobre ele, e naquilo que os seus Companheiros estavam sobre e tomem cuidado com essas inovações porque elas causam ódio e inimizade entre vós. Porém apeguem-se ao estado original dos assuntos que outrora estava ali presente antes de se terem dividido.”


Fonte Original: Al-Istiqaamah Edição Nº.3 – Rabî’ul-Awwal 1417H / Agosto de 1996 - At-Tahdhir minal-Bid'ah (pp.3-6) do Shaykh Ibn Baaz
Fonte Secundária: Abdurrahman.Org
Tradução e Adaptação: Islane Castelo

Inovações no ‘Ashura



Usar Kuhl e Óleos Perfumados Especificamente para o Dia de ‘Ashura


O nosso Shaykh (al-Albani), que Allah tenha misericórdia dele, afirmou em ‘Ad Da’eefah’:2/89, que em ‘Al Mawudaat’, p. 122, al-Qari menciona que Ibnul Qayyim [1] disse:
“Os ahadith com respeito a kuhl, óleos e óleos perfumados no dia de ‘Ashura são das fabricações dos mentirosos. Em contraste, outros tornaram-no num dia de tristeza e sofrimento. Ambos os grupos são inovadores que não estão sobre a Sunnah. O povo da Sunnah segue aquilo que o Profeta – sallAllahu ‘alayhi wa sallam – ordenou, que é jejuar, e ficam longe daquilo que o Shaytan ordena das inovações.”

O nosso Shaykh, que Allah tenha misericórdia dele, afirmou em ‘Saheeh at-Targheeb wat Tarheeb’: 1/593, concernente ao hadith#1017:
“...existe um consenso entre os estudiosos de que jejuar no dia de ‘Ashura é uma Sunnah e não uma obrigação, quanto às celebrações e ao uso do kuhl, estes representam inovações.”


Celebrar com Presentes ou Comprá-las para Crianças no Dia de 'Ashura

O nosso Shaykh declarou em ‘Tamaam al Minnah’, p. 412:
“...foi por isso que Shaykul Islam ibn Taymiyyah, que Allah tenha misericórdia dele, estava convencido de que este hadith era uma mentira [2]. Ele afirmou que al-Imam Ahmad foi questionado sobre este hadith, ao que ele respondeu que não o considerava como autêntico. Fortaleceu a sua posição de que um dos Salaf não gostava de praticar isso no dia de ‘Ashura, e de que não sabe de nenhuns ahadith durante as primeiras gerações virtuosas com respeito a este assunto. Ele falou extensivamente sobre este assunto em ‘Al Fatawa’ 2/248 – 257, pelo que pode referir-se a isso.”

Foi afirmado em ‘Al Majd al Lughawi’ que al-Manawi declarou:
“O que tem sido narrado em relação às virtudes da oração, gasto de riquezas, uso de óleos e kuhl no dia de ‘Ashura são inovações trazidas pelos assassinos de al-Husayn.”


Expressar Tristeza, Lamentar e Permanecer num Estado de Sede

Ibnu Kathir afirmou em ‘Al Bidaayah wan Nihaayah’ 11/577:
“Os Rafidah foram a extremos no Império Bawiyyah durante os anos 400. No dia de ‘Ashura eram tocados tambores em Baghdad e nas redondezas, feno e cinzas eram deixados pelos caminhos e mercados, os materiais que significassem aflição eram pendurados em estabelecimentos, as pessoas exibiriam exteriormente sofrimento e choro, muitas delas não beberiam água de forma a estar em conformidade com al-Husayn, já que ele foi morto num estado de sede. Além disso, as mulheres sairiam descalças, golpeando as suas faces e peitos e outras inovações abomináveis, desejos repugnantes e distrações inventadas. Apenas intencionavam com isso difamar o Império de Bani Umayyah porque al-Husayn foi morto durante o mesmo.[Al Bidaayah wan Nihaayah: 11/577]

Shaykhul Islam ibn Taymiyyah afirmou:
“Devido à morte de al-Husayn, que Allah esteja satisfeito com ele, Shaytan introduziu duas inovações às pessoas. A inovação de exibir sofrimento e lamentação no dia de ‘Ashura; as pesssoas golpearem-se a si mesmas, gritando, chorando, mantendo-se num estado de sede, e por aí adiante; [foram levadas a isso] por causa da sua calúnia aos predecessores piedosos...[Minhaaj as Sunnah: 2/322]


Comemorar o 40º dia depois de ‘Ashura

Quarenta dias após ‘Ashura, celebram um dia a que chamam de ‘Al-Arba’een – o Quadragésimo’. Neste dia, juntam dinheiro, compram alimentos especiais e convidam pessoas. Esta inovação é praticada na Índia e no Paquistão, e ainda noutros países nos quais os Shi’ah residem, isto sem mencionar Irão, Iraque e Bahrain. [Al-Bida’ wal Hawadith – Shaykh –Abdullah at Tuwayjri]


Fazer Ghusl Especificamente no Dia de ‘Ashura

Todos os ahadith concernentes à prática de ghusl no dia de ‘Ashura, uso de kuhl e assim por diante do que alguns do povo da Sunnah praticam no dia de ‘Ashura em oposição aos Shi’ah, são fabricações, com a exceção do jejum. Shaykul Islam afirmou em Al-Fatawa’: 4/513:
“Algumas pessoas narraram ahadith fabricados que usaram como base para as suas práticas neste dia – dia de ‘Ashura – em oposição aos Rafidah. Assim, elas repeliram falsidade com falsidade e rejeitaram inovações com outras inovações. Apesar de as inovações dos Rafidah serem mais severas do que aquilo que elas fabricaram, tal como o hadith: ‘...quem quer que faça ghusl no dia de ‘Ashura não adoecerá naquele ano, e quem quer que use kuhl não sentirá dor nos olhos durante aquele ano.’ E ainda outros ahadith com o mesmo significado. Certamente, estes ahadith são mentiras e fabricações de acordo com o consenso daqueles que têm conhecimento da ciência do hadith [... ] Nenhum dos a’immah [plural de Imam] era da opinião de que fazer ghusl, aplicar kuhl e khidab [3] e assim por diante, no dia de ‘Ashura era recomendado, nem foi mencionado por nenhum dos ilustres sábios muçulmanos que são referidos no conhecimento daquilo que Allah obrigou e proibiu. Nem tampouco o Mensageiro – sallAllahu ‘alayhi wa sallam – praticou isso, ou Abu Bakr, ‘Umar, ‘Uthman ou ‘Ali, que Allah esteja satisfeito com todos eles. Estes ahadith também não foram coletados nos livros de hadith tais como [...] [Al-Lajnah ad-Da-imah]

Referências:
[1] Al-Manar al-Munif: p. 89
[2] O hadith: “Aquele que wasa’ [comemora, compra presentes, faz outro feliz, etc.] sobre si mesmo e sua família no dia de ‘Ashura, Allah fará o mesmo para ele pelo resto do ano.”
[3] Uma tinta fel semelhante à hena, usada no Iémen, principalmente nas regiões montanhosas ao redor da capital Sana.


Fonte: Subul as-Salaam [Traduzido do árabe por Abu Abdul-Waahid e Nadir Ahmad]
Tradução e adpatação: Mariama bint Carlos

A Celebração do Mawlid é uma Boa Inovação (Bid’ah)?

Pergunta:
A nossa pergunta é acerca da celebração do Mawlid (aniversário do Profeta), se constitui ou não bid’ah (inovação no Islam)? Ouvi em alguns lugares e de alguns sábios de que representa uma boa bid’ah e Allah sabe melhor, que Allah vos abençoe!

Resposta:
A celebração do nascimento do Profeta (que a paz esteja com ele) e de pessoas virtuosas é uma bid’ah que se originou nos séculos recentes, depois dos três melhores séculos do Islam: o primeiro, o segundo e o terceiro séculos após a Hijrah. É uma das inovações (bid’ah) que algumas pessoas introduziram no Islam por amor a este tipo de celebrações, pensando que é algo bom de se fazer.

A opinião correta, de acordo com a verificação dos estudiosos, é de que tais celebrações são bid’ah. Todas as celebrações de aniversários, incluindo mas não limitado à celebração do nascimento do Profeta (que a paz esteja com ele), são inovações (bid’ah). Porquê? Porque o Profeta (que a paz esteja com ele), os seus Sahabah (Companheiros), os Califas corretamente guiados e as primeiras gerações do Islam não o fizeram. Certamente, a bondade está em seguir os seus passos e não seguir as práticas inventadas que gerações sucessivas introduziram no Islam.

É autenticamente relatado que o Profeta (que a paz esteja com ele) disse:
“Tenham cuidado com assuntos recém-introduzidos (na religião).” [1]

Ele (que a paz esteja com ele) também disse:
“O mais perverso dos assuntos são aqueles que são recém-introduzidos (na religião), e toda a inovação é um dalalah (desvio do correto).” [2]

Além disso, ele (que a paz esteja com ele) disse:
“Todo aquele que introduzir qualquer coisa a este nosso assunto (Islam) que não seja parte dele, ter-lhe-á rejeitado.” [3]

E ainda:
“Todo aquele que fizer uma ação que não está de acordo com este nosso assunto (Islam) ter-lhe-á rejeitada.” [4]

Isto significa que não será aceite deles. Deste modo, o Profeta (que a paz esteja com ele) explicou a fé em detalhe e apontou que assuntos recém introduzidos no Islam são condenados, e de que não é permitido a ninguém introduzir no Islam aquilo que Allah não permitiu.

Allah, o Onipotente, repreendeu essas ações na Sua afirmação:
“Ou têm eles parceiros que legislaram, para eles, o que, da religião, Allah não permitiu?” [Sura ash-Shura (42):21]

A celebração do aniversário do Profeta (que a paz esteja com ele) e dos virtuosos é uma ação recém-introduzida não aprovada por Allah, ou o Seu Mensageiro (que a paz esteja com ele), ou os Sahabah que eram das melhores pessoas depois dos Profetas, os mais amados pelo Profeta (que a paz esteja com ele) e os mais ávidos em fazer o bem; contudo, eles não celebraram aniversários. Nem Abu Bakr, ‘Umar, ‘Uthman, ‘Aly, os restantes dos dez Companheiros a quem foram dadas as boas novas da entrada no Paraíso, os restantes dos Sahabah, nem tampouco os Tabi’un(seguidores, a geração depois dos Compaheiros do Profeta) alguma vez celebraram tais aniversários.

De acordo com alguns historiadores, esta bid’ah foi introduzida pelos Xiitas Fatimidas no Egito durante o quarto século. Mais tarde, foi praticada pelo fim do sexto século da Hijrah e no início do sétimo século por aqueles que consideravam estas celebrações como sendo boas ações; e portanto, praticaram-nas. No entanto, elas são inovações no Islam, porque constituem uma forma de adoração que Allah (Glorificado e Exaltado seja Ele) não legislou. O Mensageiro (que a paz esteja com ele) transmitiu todos os assuntos claramente e não ocultou nada que Allah tivesse legislado. Ele (que a paz esteja com ele) propagou todas as Leis que Allah estabeleceu conforme lhe foi comandado propagar às pessoas.

Allah (Exaltado seja Ele) afirma:
“Hoje, eu inteirei vossa religião, para vós, e completei Minha graça para convosco e agradei-Me do Islão como religião para vós.” [Surah al-Ma’ida (5):3]

Assim, Allah completou e inteirou a religião. Não há nada nesta religião divinamente aperfeiçoada chamada celebração de aniversários. Consequentemente, elas são bid’ah [inovações] condenadas que não podem ser descritas como boas, uma vez que não existe nada no Islam referida como uma boa bid’ah.

Todos os atos de bid’ah são desvio e desgraça.O Profeta (que a paz esteja com ele) afirmou:“Toda a inovação [bid’ah] é um dalalah (desvio).”Por isso, não é permitido a um muçulmano dizer: “Existem boas formas de bid’ah”, enquanto que o Mensageiro (que a paz esteja com ele) diz que toda a bid’ah é desvio. Isto representa contradição e oposição ao Mensageiro (que a paz esteja com ele). É autenticamente relatado que ele (que a paz esteja com ele) afirmou: “Toda a inovação [bid’ah] é um dalalah (desvio).” Portanto, não nos é permitido dizer uma opinião diferente da do Profeta (que a paz esteja com ele).

Deve-se notar que existem algumas práticas que foram estabelecidas pelo Islam, todavia as pessoas pensam serem bid’ahs, mas não são; algumas delas são a compilação do Qur’an em um livro e transcrição de suas cópias, e oferecer Tarawih (oração noturna supererogatória especial no Ramadan) em congregação. Essas ações não são categorizadas como bid’ahs; ao em vez, elas foram estabelecidas e legisladas no Islam, e portanto, incluí-las sobre o termo “bid’ah” é sem fundamento. Em relação ao que foi relatado de ‘Umar que ele disse sobre a oração Tarawih: “Que boa bid’ah”, é uma referência ao significado linguístico da palavra bid’ah e não tem nada a ver com a sua perspetiva Islâmica. Ademais, a afirmação de ‘Umar não divergiu com o que o Mensageiro (que a paz esteja com ele) praticou nem o contradisse. A afirmação do Mensageiro (que a paz esteja com ele) tem prioridade sobre todas as outras opiniões e alegações, como a sua afirmação: “Toda a inovação [bid’ah] é umdalalah (desvio)." E:“Tenham cuidado com assuntos recém-introduzidos (na religião).”

O Profeta (que a paz esteja com ele) disse mais além, numa khutbah (sermão) de sexta-feira:
“Ama ba’d (então agora), o melhor discurso é o Livro de Allah, a melhor orientação é a orientação de Muhammad (que a paz esteja com ele), o mais perverso dos assuntos são os recém-introduzidos (na religião), e toda bid’ah é um dalalah (desvio do correto).”

Este é o juízo do Mensageiro (que a paz esteja com ele). Este hadith é relatado por Muslim no Sahih, e assim, um muçulmano não deve ir contra o que Allah legislou ou ser teimoso em relação ao que o Mensageiro de Allah (que a paz esteja com ele) trouxe de Allah; pelo contrário, deve entregar-se e submeter-se à Lei de Allah e abster-se de todas as bid’ahs e pecados. Pedimos a Allah que nos guie todos ao caminho correto e à senda reta!


Referências:
[1] Relatado por Al-Bukhari, Livro sobre Apegar-se Firmemente ao Livro e à Sunnah, Capítulo Sobre Seguir a Sunnah do Mensageiro de Allah (que a paz esteja com ele), nº 7277; e Muslim, Livro sobre sexta-feira, Capítulo sobre Evitar a Prolongação da Salah e da Khutbah, nº 867.
[2] Al-Bukhari, Livro Sobre Apegar-se Firmemente ao Livro e à Sunnah, nº 6849; e Al-Darimy, Introdução, nº 207.
[3] Relatado por Al-Bukhari, Livro sobre Reconciliação, Capítulo sobre Se as Pessoas Forem Reconciliadas com Base Numa Reconciliação Injusta..., nº 2697.
[4] Relatado por Muslim, Livro sobre Decisões Judiciais, Capítulo sobre Rejeitar as Coisas Erradas e as Inovações (na religião), nº 1718.


Fonte: Alifta.Com

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Decreto de Allah, livre arbítrio e nossos pecados




Tudo que existe está sujeito à vontade e poder de Allah. Para os muçulmanos, isto nem precisa ser mencionado.
É um princípio essencial da fé de todo muçulmano. Allah diz: "Certamente, Allah tem o poder sobre todas as coisas."
Entretanto, isto não é desculpa para os seres humanos esquivarem-se da responsabilidade por suas próprias decisões. Ninguém pode argumentar que era seu destino pecar. Nós sabemos disto por experiência, em primeira mão. Nós sabemos instintivamente que tomamos nossas próprias decisões. Nós escolhemos fazer umas coisas e evitamos fazer outras. Nós realizamos ações intencionais. Nós pretendemos, por exemplo, viajar ou ficar em casa, comer ou dormir. Quando realizamos estas e outras ações intencionais, nós reconhecemos que estamos fazendo por nossa própria vontade, uma decisão consciente.
É na base destas nossas intenções que Allah nos julga. Nós não somos julgados por ações involuntárias do nosso corpo, nem por aquilo que somos forçados a fazer sob coerção.
É por isso que Allah diz: "Aquele que renegar Deus, depois de ter crido – salvo quem houver sido obrigado a isso e cujo coração se mantenha firme na fé – e aquele que abre seu coração à incredulidade, esses serão abominados por Deus e sofrerão um severo castigo." [Surah al-Nahl:106]
Quem for coagido a fazer algo ao ponto de que ele ou ela não tenha escolha exceto ceder, então ele ou ela está legalmente isento daquela ação neste mundo e seu pecado não será contabilizado para a outra vida. Nós seremos julgados pelo que fazemos por nossa livre escolha.
Muitas pessoas postam perguntas sobre o livre arbítrio e predestinação, com o único propósito de justificar suas tendências ao pecado. Toda vez que alguém os reprova por seus pecados eles dizem: "O que eu fiz, era meu destino. Foi a vontade de Allah. Eu não tive escolha."
Quando consideramos o que o Alcorão diz sobre nossas ações, nós vemos que Allah conecta nosso livre arbítrio à Sua permissão para realizarmos ações por nossa própria vontade. Allah diz: "Porém, só o conseguireis se Deus o permitir, porque é Prudente, Sapientíssimo" [Surah al-Insan:30]
Nós somos também informados no Alcorão que ninguém pode ser crente ou descrente exceto com a permissão de Allah. Allah nos permitiu fazer a escolha. Se Allah tivesse escolhido subjugar nossa vontade, Ele poderia ter-nos compelido a fazer uma coisa ou outra. Ao invés disto, Ele nos permitiu fazer nossas próprias escolhas e formular nossas próprias intenções. Isto significa que não podemos evitar tomar responsabilidade por nossas próprias decisões.
Allah, em Sua sabedoria, nos deu uma indiscutível prova de nosso livre arbítrio. Esta prova é nosso próprio reconhecimento inevitável que tomamos nossas próprias decisões. Podemos dizer a diferença entre os movimentos involuntários do nosso corpo, como as batidas do nosso coração, e as escolhas livres que fazemos.
Portanto, aqueles que imoralmente circulam por aí pecando, exercitando sua livre escolha do começo ao fim, não podem então se virar e dizer que Allah os compeliu a pecar.

Sheikh Salman al-Oadah - Tradução: Danielle Aisha.

Livre-arbítrio e Compulsão à luz do Qur'an e Sunnah



Pergunta: Esta questão aborda o assunto de o homem ter livre escolha ou ser coagido. Por gentileza, explique este tópico à luz do Qur’an e Sunnah.


Resposta: Em primeiro lugar, é bem estabelecido que a misericórdia e conhecimento de Allah abrangem todas as coisas. Tudo o que se irá suceder até ao Dia do Julgamento está escrito no al-Lawh-ul-Mahfuz (a Tábua Preservada). Ele possui toda a vontade abrangente e poder autoritativo. Todos os assuntos encontram-se nas Suas Mãos, e ninguém pode prevenir aquilo que Ele outorgou; ninguém pode conceder aquilo que Ele preveniu e ninguém pode prevenir aquilo que Ele decretou, pois Ele é o Onipotente. O Qur’an e a Sunnah afirmam estas coisas em numerosos textos e ayat [versículos do Qur'an] conhecidos pelo povo do conhecimento. De entre esses ayat encontram-se os seguintes, nos quais Allah diz:
“Por certo, Allah, de todas as cousas, é Onisciente” (Surah Al-Anfal, 8: 75).

“’Allah é O Criador de todas as cousas’” (Surah Al-Ra’d, 13: 16).

“Por certo, Nós criamos cada cousa, na justa medida” (Surah Al-Qamar, 54: 49).

“E não o querereis, a não ser que Allah o queira. Por certo, Allah é Onisciente, Sábio” (Surah Al-Insan 76: 30).

“Allah cancela e confirma o que quer. E, junto d’Ele, está a Mãe do Livro” (Surah Al-Ra’d, 13: 39).

“Nenhuma desgraça ocorre, na terra, nem em vós mesmos, sem que esteja em um Livro, antes mesmo de Nós a criarmos. Por certo, isso, para Allah é fácil” (Surah Al-Hadid, 57: 22).

“E, se teu Senhor quisesse, todos os que estão na terra, juntos, creriam. Então, compelirás tu os homens, até que sejam crentes?” (Surah Yunus, 10: 99).

“E, se quiséssemos, haveríamos concedido a cada alma sua orientação.” (Surah As-Sajdah, 32: 13).

Além disso, existem várias narrações autênticas na Sunnah que confirmam este assunto, dentre as quais está o hadith em que o Profeta (sallAllahu ‘alayhi wa sallam) exortou os sahabah (companheiros) a fazer dhikr (recordação de Allah) após terminarem salah (oração); ele disse:
“La ilaha illa Allah, wahdahu la sharika lah, lahul-mulku wa-lahul-hamdu, wa huwa ‘ala kulli shay’in qadir, Allahumma la mani’a lima a’tayt wa-la mu’tiya lima mana’t, wa-la yanfa’u dhal-jaddi minkal-jadd (Não há ninguém digno de adoração exceto Allah (Sozinho), Que não possui nenhum parceiro, a Ele pertencem toda a soberania e louvor, e Ele é Onipotente sobre todas as coisas. Ó Allah! Ninguém pode prevenir aquilo que Tu outorgaste e ninguém pode outorgar aquilo que Tu desejaste prevenir, e as riquezas não podem valer ao rico Contigo).” [1]

Ademais, também existe o hadith narrado por ‘Umar (radhiAllahu ‘anhu), no qual Jibril (Gabriel) inquiriu ao Mensageiro de Allah (sallAllahu ‘alayhi wa sallam) sobre iman. O Profeta (sallAllahu ‘alayhi wa sallam) respondeu dizendo: “Iman (fé) implica que afirmes a tua fé em Allah, nos Seus Anjos, nos Seus Livros, nos Seus Profetas, no Dia do Julgamento, e de que afirmes a tua fé no Decreto Divino sobre o bom e o mau.” [2]

Portanto, estes textos e outros semelhantes denotam que Allah (Exaltado seja) possui perfeito conhecimento sobre o que sucedeu e o que se irá suceder; que Ele decreta todos os assuntos da Sua criação e de que possui Vontade absoluta; o que Ele deseja acontece e o que não deseja não acontece.

Em segundo lugar, foi autenticamente definido que Allah é o Todo Sábio na Sua criação, no Seu comando e na Sua legislação. Allah é o Misericordioso para com os Seus servos, de modo que envia mensageiros para informarem às suas respetivas Ummahs (nações) sobre os Livros revelados e as leis ordenadas por Ele.

Da Sua misericórdia e graça, nenhuma pessoa é encarregada com mais do que a sua capacidade. Exemplos dessa misericórdia incluem a isenção de pessoas insanas da prestação de contas até que recuperem a sua sanidade; dos menores até que atinjam a puberdade; daqueles que estiverem num estado de sono até que despertem; daqueles que estiverem num estado de esquecimento até que se lembrem, daqueles que careçam de capacidade para fazer algo até que sejam capazes de o fazer; daqueles a quem a mensagem do Islam não alcançou até que os alcance.

Com base na shari’ah e na lógica racional, há uma grande diferença entre o movimento de duas pessoas: como exemplo, um está a subir as escadas enquanto que o outro está a cair de um telhado. O primeiro pode ter sido aconselhado a ir para um bom destino e a evitar um que é mau; entretanto, o outro pode não ter sido aconselhado dessa forma. Um outro exemplo é a diferença entre o movimento resultante da tremura de uma pessoa doente e o movimento habitual de uma pessoa saudável. Dado que a tremura é involuntária, tal pessoa não devia ser ordenada a fazer ou a deixar de fazer algo em relação à sua tremura. Ao contrário, as pessoas deveriam sentir pena dela e ajudá-la a obter tratamento. Por outro lado, o movimento de uma pessoa saudável pode ser estimado se efetuado no decurso dos atos de adoração lícitos, mas proibidos se efetuados de forma ilícita durante adoração, ou no decurso de cometer injustiça e transgressão. Assim, o fato de que ninguém é carregado com o que é além da sua capacidade e a diferenciação na legislação e recompensa entre os dois casos mencionados, e os seus semelhantes, é a prova de que existe livre vontade e escolha no caso dos Mukallafs (indivíduos que preenchem as condições de serem considerados legalmente responsáveis pelas suas ações), porém não no caso daqueles que não o são.

Além disso, Allah (Exaltado seja) é o Juíz, Justo, Altíssimo, Sábio, Bondoso, Dador do Bem. Não oprime ninguém, nem mesmo na medida do peso de um átomo. Ele multiplica as boas ações e perdoa os pecados. Existem textos e ações, explicitamente transmitidos, que afirmam todos estes atributos de Allah. Devido à Sua perfeita Sabedoria e Misericórdia, e ao seu vasto perdão, é impossível para Allah fazer os Seus servos responsáveis sem lhes ter concedido a capacidade e a livre vontade e arbítrio do que eles tomam e deixam. Da mesma forma, também Lhe é impossível – devido ao seu justo Julgamento e vasta Sabedoria – punir os Seus servos por uma ação a que tenham sido compelidos ou forçados a fazer.

Por conseguinte, a crença no firme e justo Decreto Divino e a predestinação de Allah se encontram entre os pilares instituídos de iman, aos quais devemos aderir e aceitar. Conjuntamente, é uma evidência de que um Mukallaf tem livre escolha e a capacidade de fazer o que é exigido pela Shari’ah e pela lógica racional. Não há nenhuma outra forma, exceto acatar-se a isso. Se o homem é capaz de perceber o segredo deste assunto através do seu intelecto, deveria agradecer a Allah por lhe conceder sucesso. No entanto, se falhar devido à sua mente e compreensão limitadas, ele deveria depender de Allah. Visto que Ele é o Altíssimo, Onipotente, O Ciente e Sábio, Allah não pode ser culpado pela Sua predestinação, legislação, e recompensa.

Exaltado sejas ó Senhor, o Dono do Poder, sobre o que descrevem. Que a paz esteja sobre os Mensageiros. Louvor ao Senhor dos mundos.

O homem não deveria se envolver em pensar sobre este assunto, a fim de que não fique confuso e cometa pecados. Ele deveria convencer-se voluntariamente da resposta do Profeta dada aos sahabah (radhiAllahu ‘anhum) quando levantaram tais questões. Eles disseram ao Profeta: “Deveríamos depender (neste fato e deixar de praticar boas ações)? Ele (sallAllahu ‘alayhi wa sallam) respondeu, “Realizem boas ações, pois é facilitado a cada um aquilo para que foi criado.” [3]

Al-Bukhari relatou através de várias cadeias de narradores de Abu ‘Abdul-Rahman Al-Sulamy, de ‘Aly ibn Abu Talib (radhiAllahu ‘anhu) que disse: "Estavámos na companhia do Profeta (sallAllahu ‘alayhi wa sallam) numa procissão fúnebre em Baqi’-ul-Gharqad. Ele disse, 'Não existe nenhum de vós exceto que o seu lugar tenha sido escrito no Jannah ou no Fogo do Inferno.' Eles responderam, 'Ó Mensageiro de Allah! Deveríamos depender (deste fato e deixar de nos esforçar)?' Ele disse, 'Continuem em fazer (boas ações), pois cada corpo (indivíduo) achará fácil fazer (o que lhe levará ao seu lugar destinado).'" Em seguida recitou:
“Então, quanto a quem dá e teme a Allah. E confirma a mais bela Verdade. A esse, facilitar-lhe-emos o acesso ao caminho fácil.” (Surah Al-Layl, 92: 5-7)
Até às Suas palavras: “A esse, facilitar-lhe-emos o acesso ao caminho difícil...” (Surah Al-Layl, 92: 10) [4]

Também foi narrado por Muslim e os Compiladores de Sunan (Abu Dawud, Ibn Majah, Al-Tirmidhy e Al-Nasa’y).

Que Allah nos conceda sucesso. Que a paz e as bençãos estejam sobre o nosso Profeta Muhammad, sua família, e companheiros.

Comité Permanente para Pesquisa Acadêmica e Ifta’

Notas:
1 - Al-Bukhari, Sahih, Livro sobre Adhan, nº 844; Muslim, Sahih, Livro sobre Masjid e lugares para Salah, nº 593; Al-Nasa’y, Sunan, Livro sobre Sujud-ul-Sahw, nº 1341; Abu Dawud, Sunan, Livro sobre Salah, nº 1341; Abu Dawud, Sunan, Livro sobre Salah, nº 1505; Ahmad, Musnad, vol. 4; p. 250; e Al-Darimy, Sunan, Livro sobre Salah, nº 1349.
2 - Muslim, Sahih, Livro sobre a Fé, nº 8; Al-Tirmidhy, Sunan, Livro sobre a Fé, nº 2610; Al-Nasa’y, Sunan, Livro sobre a Fé e as suas leis, nº 4990; Abu Dawud, Sunan, Livro sobre Al-Sunnah, nº 4695; Ibn Majah, Sunan, Introdução, nº 63; e Ahmad, Musnad, p. 1, p. 53.
3 - Al-Bukhari, Sahih, Livro sobre Tafsir, nº 4949; Muslim, Sahih, Livro sobre destino, nº 2136; Abu Dawud, Sunan, Livro sobre Al-Sunnah, nº 4694; Ibn Majah, Sunan, Introdução, nº 78; e Ahmad, Musnad, vol. 1, p. 157.
4 - Al-Bukhari, Sahih, Livro sobre Tafsir, nº 4945; Muslim, Sahih, Livro sobre Destino, nº 2647; Al-Tirmidhy, Sunan, Livro sobre Tafsir, nº 3344; Abu Dawud, Sunan, Livro sobre Al-Sunnah, nº 4694; Ibn Majah, Sunan, Introdução, nº 78; e Ahmad, Musnad, vol. 1, p. 129.


Fonte: Alifta
Tradução: Mariama bint Carlos