Diz Allah, o Altissimo. "Recordai-vos de mim, que eu me recordarei de vós. Agradecei-me e não me sejais ingratos". "Ó fiéis, recordai de Allah com frequência".
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sábado, 27 de agosto de 2016
domingo, 21 de agosto de 2016
Conferencia sobre Liberdade de crença na sociedade contemporania , organizada pelo DEMOLAY na IFRN, teve a participação da Comunidade Muçulmana do RN.
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Allahu Akbar
Allah – o Altíssimo – diz:
“... mas vos culpa pelo que vossos corações logram.” [Surah al-Baqarah (2):225]
“Um dia, quando a ninguém beneficiarem nem riquezas nem filhos, exceto a quem chegar a Allah, com coração imaculado.” [Surah ash-Shu’araa (26):88-89]
O Profeta (sallAllahu ‘alayhi wa sallam) disse:
“Deveras, existe um pedaço de carne no corpo; se for são, todo o corpo é são. Porém, se for enfermo, então todo o corpo é enfermo. Certamente, isso é o coração.”[1]
Al-Haafidh Ibn Rajab (m. 795H) – rahimahullah – disse:
“Então saiba que o mundo – e o que quer que se encontre acima dele ou abaixo dele na água – não será retificado exceto quando as ações dos seus habitantes forem todas por Allah. As ações do corpo seguem as ações e intenções do coração. Portanto, quando as ações e intenções do coração forem puramente por Allah apenas, então [o coração] serão retificado, e de forma semelhante, as ações do corpo serão também retificados. Porém, se as ações e intenções do coração forem para outro que não Allah, então será corrupto, e do mesmo modo, as ações do corpo serão também corruptos na medida do tamanho da corrupção do coração.” [2]
Além disso, acrescentou:
“Os corações não serão retificados até que ma’rifah (conhecimento e consciência) de Allah – estar temente da Sua grandiosidade, amá-Lo, temê-lo, ter esperança, depender e confiar Nele –seja firmemente implantado neles. Esta é a realidade do tawheed e o significado da frase: laa ilaaha illallaah (de que ninguém é digno de adoração exceto Allah). Assim, os corações não serão retificados até que Allah seja tomado como o ilaah (divindade) a ser conhecida, amada, temida e em Quem se deve ter esperança, e de que Ele – juntamente com tudo isso – se torne no único ilaah (divindade) digno dessa adoração, sem Lhe associar qualquer parceiro.” [3]
Certamente, poderemos começar a apreciar a grandeza de Allah – o Altíssimo – e reverenciá-lo, considerando algumas narrações relacionadas com o que Ele – o Altíssimo – criou.
O Profeta (sallAllahu ‘alayhi wa sallam) disse:
“Verdadeiramente, eu vejo aquilo que não veem e ouço aquilo que não ouvem. O céu gemeu, e tem direito a isso. Por Aquele em cujas mãos está a minha alma! Não existe no céu, um espaço equivalente a quatro dedos, exceto que nele um anjo tenha-se prostrado a Allah. Por Allah! Se soubessem aquilo que eu sei, rir-se-iam pouco e chorariam muito, e não teriam prazer com as mulheres nas vossas camas, mas ao invés, iriam à loucura e implorariam a Allah por ajuda.” [4]
Ele (sallAllahu ‘alayhi wa sallam) disse:
“Os sete Céus comparados ao Kursee (trono/escabelo) são como um anel que é atirado para o deserto. E tal é a grandeza do ‘Arsh (o Trono de Allah) comparado com o Kursee.” [5] 1
Ele (sallAllahu ‘alayhi wa sallam) também disse:
“Foi me concedida a permissão para vos informar acerca dos Anjos de Allah – o Altíssimo – que carregam o ‘Arsh (Trono). Entre as orelhas e os ombros de um dos anjos existe uma distância de setecentos anos de viagem.” [6]
Ele (sallAllahu ‘alayhi wa sallam) ainda disse:
“Al-Baytul-Mamoor encontra-se no sétimo céu [diretamente acima da Ka’bah]. A cada dia, setenta mil anjos entram nele, e não retornarão até ao Dia da Ressureição.” [7]
Assim, “a necessidade dos servos por este (tipo) de conhecimento é maior que qualquer outra necessidade; e é a mais indispensável de todas as coisas para eles, já que não existe vida para os corações, nem nenhum contentamento, nem nenhuma tranquilidade, exceto através do conhecimento do seu Senhor, o Único digno de ser adorado, o seu Criador – com os Seus Nomes, Atributos, e Ações, e que Ele – junto com tudo isso – é mais amada para a pessoa do que qualquer outra coisa. Desse modo, o empenho do homem em relação a tudo o que irá lhe aproximar de Allah, à exclusão da criação... As pessoas que conhecem melhor Allah, são aqueles que melhor seguem o caminho a Ele; e sabem melhor o que jaz no fim do caminho.” [8]
Notas de Rodapé:
[1] Relatado por al-Bukhaaree (1/126) e Muslim (nº 1599) de an-Nu’maan ibn Basheer (radhiAllahu ‘anhuma).
[2] Jaami’ al-‘Uloom wal-Hikam (p. 120).
[3] Jaami’ al-‘Uloom wal-Hikam (p. 120).
[4] Hasan: relatado por Ibn Maajah (nº 4190) e at-Tirmidhee (2/51), que o autenticou, de Abu Dharr (radhiAllahu ‘anhu).
[5] Saheeh: relatado por Ibn Abee Shaybah em Kitaabul-‘Arsh (1/114) e al-Bayhaqee em as-Asmaa was-Sifaat (p. 290), de Abu Dharr (radhiAllahu ‘anhu). O hadeeth é autêntico devido às suas várias rotas de transmissão – conforme explicado por Shaykh al-Albaanee em as-Saheehah (nº 109).
[6] Saheeh: relatado por Abu Daawood (nº 4727) e al-Bayhaqee em as-Asmaa was-Sifaat, (nº 398), de Jaabir (radhiAllahu ‘anhu). Foi autenticado por Imaam adh-Dhahobee em al-‘Uluww (p. 58).
[7] Saheeh: relatado por Ahmad (3/153), de Anas (radhiAllahu ‘anhu). E a adição é relatada por Ibn Jareer at-Tabaree no seu tafseer (11/27). Ohadeeth foi autenticado por al-Albaanee em as-Saheehah (nº 477).
[8] Sharhul-‘Aqeedatit-Taahawiyyah (p. 27) de Imaam Ibn Abil-‘Izz.
Nota da Tradutora:
- No artigo original (tradução inglesa) os termos Kursee e ‘Arsh apresentam o mesmo significado. Porém, de acordo com algumas narrações e comentários dos estudiosos, existe diferença entre estas duas expressões. Kursee é o escabelo do Misericordiosíssimo, de acordo com a mais correta das opiniões dos estudiosos a este respeito. O ‘Arsh (Trono) é o maior de todas as coisas que Allah criou, sobre o qual o nosso Senhor se eleva de uma forma que se ajusta à Sua Majestade. Contém pilares e é carregado por portadores que são anjos de grande tamanho. (fonte:Islamqa)
Fonte: Abdurrahman.Org
Tradução: Mariama bint Carlos
A tolerância no Islam

Ao definirmos um de seus aspectos mais importantes, Islam, significa submissão a Allah por escolha e convicção, não por sedução ou compulsão. O Islam acomoda e acolhe a todos como irmãos e irmãs, independentemente de suas afiliações particulares ou distintas, ou seus antecedentes. A atitude Islâmica para com os seguidores de outras religiões é não só para mostrar tolerância para com as suas crenças, mas também para afirmar um princípio inegociável islâmico de tolerância e responsabilidade religiosa.
“Não há imposição quanto à religião, porque já se destacou a verdade do erro. Quem renegar o sedutor e crer em Allah, ter-se-á apegado a um firme e inquebrantável sustentáculo, porque Allah é Oniouvinte, Sapientíssimo” (Qur’an 2:256).
Na verdade o Islam, através do curso de sua história, concedeu às pessoas de outras religiões o maior grau de tolerância, permitindo-lhes seguir o seu caminho, embora algumas de suas práticas pudessem conflitar com a religião da maioria. Foi este grau de tolerância que os muçulmanos adotaram para com seus cidadãos não muçulmanos.
Há outro aspecto desta questão que não pode ser encontrado nas leis escritas, nem pode ser aplicado pelos tribunais ou governos: é o espírito de tolerância que subjaz atitudes retas, relações benevolentes, respeito para com os vizinhos e todos os sinceros sentimentos de piedade, compaixão e cortesia. A execução e o relato de tais atitudes são exigidos de todos os muçulmanos e não podem ser obtidos através de legislação constitucional ou a jurisdição do tribunal. [1]
Muitos ensinamentos Corânicos têm enfatizado relações com não muçulmanos com justiça e respeito, especialmente aqueles que vivem em paz com os muçulmanos e não criam inimizade contra eles.
“Allah nada vos proíbe, quanto àquelas que não nos combateram pela causa da religião e não vos expulsaram dos vossos lares, nem que lideis com eles com gentileza e equidade, porque Allah aprecia os equitativos.” (Qur’an 60:8).
“E porque, por amor a Ele, alimentam o necessitado, o órfão e o cativo (Dizendo): Certamente vos alimentamos por amor a Allah; não vos exigimos recompensa, nem gratidão.” (Qur’an 76: 8-9).
Embora muçulmanos possam discordar de outros sistemas ideológicos e dogmas religiosos, isso não impede que demonstrem a maneira correta de discussão e interação com os não muçulmanos:
“E não disputeis com os adeptos do Livro, senão da melhor forma, exceto com os iníquos, dentre eles. Dizei-lhes: Cremos no que nos foi revelado, assim como no que vos foi revelado antes; nosso Deus e o vosso são Um e a Ele nos submetemos. ” (Qur’an 29:46).
“E não disputeis com os adeptos do Livro, senão da melhor forma, exceto com os iníquos, dentre eles. Dizei-lhes: Cremos no que nos foi revelado, assim como no que vos foi revelado antes; nosso Deus e o vosso são Um e a Ele nos submetemos. ” (Qur’an 29:46).
Neste contexto, é conveniente levantar a questão: Será que a tolerância a outras religiões, como pregado pelo Islam, é uma questão para que os muçulmanos decidam? Por uma questão factual, a tolerância no Islam tem base ideológica no Alcorão e nos ensinamentos do Profeta Muhammad, e não está sujeito a qualquer interferência humana. Portanto, é um princípio islâmico diuturno, que não muda ao longo do tempo ou lugar. De acordo com o Alcorão, cada ser humano deve ser honrado como Allah os honrou:
“Enobrecemos os filhos de Adão e os conduzimos pela terra e pelo mar; agraciamo-los com todo o bem, e preferimos enormemente sobre a maior parte de tudo quanto criamos.” (Qur’an 17:70).
O Islam é a revelação final de Deus Todo Poderoso e é a religião da verdade universal para toda a humanidade. Tudo de suas doutrinas pode suportar qualquer desafio. Portanto, a existência de várias religiões - feitas pelo homem ou religiões supostamente reveladas - são apenas para permitir que o intelecto humano escolha. Os seguintes trechos do Alcorão enfatizam estes princípios:
“Allah dá testemunho de que não há mais divindade além d'Ele; os anjos e os sábios O confirmam Justiceiro; não há mais divindades além d'Ele, o Poderoso, o Prudentíssimo. Para Allah a religião é o Islam. E os adeptos do Livro só discordaram por inveja, depois que a verdade lhes foi revelada. Porém, quem nega os versículos de Allah, saiba que Allah é Destro em ajustar contas. ” (Qur’an 3:18-19).
“Porém, se teu Senhor tivesse querido, aqueles que estão na terra teriam acreditado unanimemente. Poderias (ó Mohammad) compelir os humanos a que fossem fiéis?” (Qur’an 10:99).
O Islam espalhou-se para toda parte do mundo a fim de transcender e elevar a humanidade acima do racismo, ignorância, superstições e injustiça. Portanto, não havia necessidade de conversão forçada para a verdadeira religião de Allah. Basicamente depende de as pessoas usarem o intelecto, com o qual Allah lhes abençoou, e escolherem. Esta é a razão porque centenas de milhares de pessoas continuam revertendo-se ao Islam, tão logo descobrem a verdade sobre isso.
Elas abraçam o Islam por vontade própria e sem qualquer sedução ou compulsão. Muitos dentre eles são cientistas, políticos, advogados, evangelistas e até mesmo pessoas famosas: Cat Stephen (agora Yusuf Islam), o ex-cantor famoso de pop; M. Hoffman, o Embaixador Alemão em Marrocos, que recentemente escreveu um livro revelador chamado, “Islam is the Alternative”; Morris Bucaille, o famoso cientista francês que aceitou o Islam após sua longa pesquisa científica e religiosa, que está resumida em seu livro “The Bible, The Qur’an and the Science”; Sr. Olson, o Embaixador dinamarquês na Arábia Saudita, que declarou em uma entrevista para uma rádio que: “se as pessoas soubessem a realidade do Islam, milhões abraçá-lo-iam” [2]. A lista daqueles que procuraram a verdade do Islam é extensa demais para ser mencionada aqui. Ela inclui pessoas de todas as esferas da vida.
Em seu artigo “When the Moors Ruled Spain”, Thomas J. Abercrombie (escritor da equipe do The National Geographic), revelou muitos fatos sobre as contribuições com as quais os muçulmanos presentearam o ocidente. Ele também faz alusão à justiça e à tolerância do governo Islâmico: onde judeus, cristãos e muçulmanos viveram pacificamente, lado a lado, por mais de sete séculos. Ele então gira 180º para falar brevemente sobre as atrocidades cometidas pelos cristãos católicos posteriormente:
“Foi aqui, muito tempo depois de Alfonso VI que as primeiras vítimas de uma crescente intolerância cristã pereceram na fogueira. Em 1469 o príncipe Ferdinand de Aragão casou-se com a princesa Isabella de Castela. Durante a guerra contra os mouros ao Sul, eles veriam como uma ameaça os muçulmanos e os judeus em suas próprias terras. Em 1480, estabeleceram a Inquisição espanhola. Antes que tudo estivesse acabado, três séculos mais tarde, milhares de muçulmanos e judeus tinham morrido; cerca de 3 milhões de pessoas foram levadas para o exílio. Em falta de seus principais empresários, artistas, agricultores e cientistas, a Espanha em breve seria vítima de sua própria crueldade.” [3]
Iriving (1973) em seu livro “The Falcon of Spain”, descreveu a posição dos cristãos e judeus sob o tolerante domínio muçulmano em oposição à intolerância selvagem dos governantes espanhóis, com as bênçãos do papa:
“Lado a lado com os novos governantes, viviam os cristãos e os judeus em paz. Este último, rico com comércio e indústria, estavam contentes de deixar dormir a memória da opressão pelos padres godos, [os judeus foram virtualmente eliminados da Península Hispânica no século VII pelos cristãos] agora que os primeiros autores desse fato tinham desaparecido. Eruditos em todas as artes e ciências, cultos e tolerantes, eles foram tratados com todo o respeito pelos mouros [muçulmanos da Espanha] e multiplicaram-se excessivamente em toda a Espanha; e, como os espanhóis cristãos sob governo mouro - que foram chamados de Moçárabes - tiveram de agradecer aos seus novos senhores pela era de prosperidade que eles jamais haviam visto antes.” [4]
Esse tipo de tolerância marcou a relação entre muçulmanos, cristãos e judeus. Os muçulmanos deram às pessoas a oportunidade de decidir por conta própria. Gibbon (1823) salientou o fato de que os muçulmanos da Espanha cumpriram os ensinamentos do Islam; eles não oprimiram os cristãos e os judeus, mas trataram-nos com tolerância inigualável.
Em tempos de paz e justiça, os cristãos nunca foram obrigados a renunciar ao evangelho ou a abraçar o Qur'an. [5]
No Islam, a injustiça é considerada como um dos maiores pecados. Por conseguinte, oprimir as pessoas porque eles têm diferentes crenças é rejeitado. O Profeta Muhammad disse: “A súplica do oprimido, ainda que ele seja um pagão, é ouvida (por Allah) diretamente, sem qualquer véu.” [6]
No Islam, a injustiça é considerada como um dos maiores pecados. Por conseguinte, oprimir as pessoas porque eles têm diferentes crenças é rejeitado. O Profeta Muhammad disse: “A súplica do oprimido, ainda que ele seja um pagão, é ouvida (por Allah) diretamente, sem qualquer véu.” [6]
Notas:
[1] Yusuf al-Qaradawi. Non-Muslims in the Islamic Society. (Tr. by K. M. Hamad and S.M. A. Shah) American Trust Publication, Indianapolis, 1985. P. 28.
[2] The Islamic Magazine , The Qur'an radio station 16/2/1415.
[3] Thomas J. Abercrombie. When the Moors Ruled Spain. National Geographic, July 1988, P. 96.
[4] T. Irving. The Falcon of Spain. 1973, p. 72.
[5] E. Gibbon. The Decline and Fall of the Roman Empire VI, 1823, p. 453.
[6] Musnad Ahmed
[2] The Islamic Magazine , The Qur'an radio station 16/2/1415.
[3] Thomas J. Abercrombie. When the Moors Ruled Spain. National Geographic, July 1988, P. 96.
[4] T. Irving. The Falcon of Spain. 1973, p. 72.
[5] E. Gibbon. The Decline and Fall of the Roman Empire VI, 1823, p. 453.
[6] Musnad Ahmed
Fonte: Abdullah Alqahtani. Disponível em: http://en.islamway.net/article/8371/tolerance-in-islam?ref=p-top
Tradução e Adaptação: Islane Castelo
O Nascimento do Profeta

O ANO DE SEU NOBRE NASCIMENTO
De acordo com a mais correta opinião dos estudiosos, o Profeta (sallAllahu ‘alayhi wa sallam) nasceu na cidade de Makkah no ano do Elefante (correspondente ao ano 570 ou 571 EC), no mês de Rabee’ul-Awwal. [1]
O DIA DE SEU NOBRE NASCIMENTO
Existe um consetimento entre os estudiosos de que o Profeta (sallAllaahu ‘alayhi wa sallam) nasceu em uma segunda-feira, uma vez que que ele (sallAllaahu ‘alayhi wa sallam) foi perguntado sobre o jejum na segunda-feira, e respondeu:"Foi neste dia em que nasci e foi neste dia em que a revelação chegou até mim." [2] No entanto, em relação à data exata de seu nascimento, os estudiosos teem se divergido sobre isso, embora a maioria diga que ele (sallAllaahu ‘alayhi wa sallam) nasceu no 12º de Rabee’ul-Awwal.
Imaam an-Nawawee (d.676H) – rahimahullaah – disse:
"Existe um consentimento de que ele nasceu na segunda-feira no mês de Rabee’ul-Awwal. Existe uma diferença de opinião se esse dia foi o 2º, 8º, 10º ou 12º dia do mês - e estas são as mais conhecidas opiniões sobre esse assunto." [3]
EVENTOS NA ÉPOCA DE SEU NASCIMENTO
Certos acontecimentos miraculosos foram reportados de terem ocorrido quando o Profeta (sallallaahu ‘alayhi wa sallam) nasceu. No entanto, a maioria deles não foi autenticamente relatado, pelo contrário é da’eef (fraca) ou mawdoo’ (fabricada) e portanto não pode ser levadoa em conta como prova decisiva; como a narração que relata que algumas das galerias do palácio de Kisraa se quebraram e desabaram, de que o sagrado fogo dos mágicos extinguiu-se e que algumas igrejas no lago Saawah desabaram e afundaram. [4]
Contudo, é autenticamente relatado de que o Profeta (sallAllaahu ‘alayhi wa sallam) disse."Eu sou o resultado da súplica do meu pai Ibraheem e das boas novas trazidas por 'Eesaa ('alayhimus salaam). E minha mãe - quando ela me deu à luz - viu uma luz brilhar dela, que iluminou os palácios da Síria..." [5]
CELEBRANDO O DIA DE SEU NOBRE NASCIMENTO
Imaam al-Faakihaanee (d.734H) – rahimahullaah -disse: [6]
"Celebrar seu nascimento não tem base no Qur’an e nem na Sunnah, nem esse ato foi registrado por qualquer um dos estudiosos desta Ummah; aqueles que são pegos como exemplos a serem seguidos e aqueles que se agarram às narrações. Isto é bidah (inovação), que foi introduzida pela (desviada) seita, Battaaloon. [7]"
Em relação as origens desta recém-inventada celebração, alguns dos estudiosos pesquisadores estabeleceram que a primeira pessoa a inovar esta prática foi ‘Umar ibn Muhammad al-Mulaa na cidade de Mawsil no Iraque, durante o quarto século, como é mencionado pelo Imaam Abu Shaamah (d.665H). [8] Ele foi seguido por Abul-Khattaab ‘Umar ibn Dihyaa:"que foi empregado no ocidente, depois viajou para a Síria, e daí para a cidade de Irbil no Iraque, durante o quarto século, onde encontrou o rei Mudhaffarud-Deen ibn Zaynud-Deen mostrando um forte interesse no milaad (aniversário) do profeta (sallAllaahu ‘alayhi wa sallam). Então criou um livro para ele chamado at-Tanweer fi Mawlidis-Siraajil-Muneer; recitou o livro para o rei que então o recompensou com mil dinares." [9]
Imaam Maalik (d.179H) – rahimahullaah – disse:
"Quem introduzir no Islam uma inovação, e considerar isso como uma coisa boa, terá de fato alegado que Muhammad (sallAllaahu ‘alayhi wa sallam) traiu sua mensagem. Leia o que diz Allah - o Altíssimo:
"Hoje, eu inteirei vossa religião, para vós, e completei Minha graça para convosco e agradei-Me do Islão como religião para vós."[Soorah al-Maa’idah (5):3].
Portanto aquilo que não era parte da religião naquele tempo, não pode ser parte da religião hoje. E a última parte desta Ummah não pode ser retificada,exceto por aquilo que retificou sua primeira parte." [10]
Assim, se a prática da celebração do milaadun-Nabee (o aniversário do Profeta - sallAllaahu ‘alayhi wa sallam) tivesse sido algo louvável então: "os Salaf (os predecessores piedosos) - que Allah esteja satisfeito com todos eles - teriam instituído isto. Eles tinham um maior amor e honra pelo Mensageiro de Allah (sallAllaahu ‘alayhi wa sallam) e grande zelo para fazer o bem. Na verdade, a mais perfeita forma de expressar o amor e a honra por ele é em segui-lo, obedece-lo e em cumprir seus comandos, mantendo e revivendo a sua Sunnah (exemplo e orientação) - ambos internamente e externamente - e em espalhar sua mensagem e se esforçar nisso com o coração, com a mão e com a língua. Tal foi o caminho dos Companheiros e daqueles que os seguiram na bondade (crenças e ações).” [11]
Revista Al-Istiqaamah Edição Nº 3 – Rabî’ul-Awwal 1417H / Agosto 1996
Notas:
[1] Vide Taareekh (p.53) de Khaleefah ibn Khayaat, as-Seerah (1/167) de Ibn Hishaam e também Tabaqaatul-Kubraa (1/62) de Ibn Sa’d.
[2] Relatado por Muslim (2/820) e Ahmad (5/297).
[3] Tadheeb Seeratun-Nabawiyyah (pg. 20) de Imaam an-Nawawee.
[4] Munkar: relatado por Imaam adh-Dhahabee em as-Seeratun-Nabawiyyah (pp. 11-14), que disse: “Esta narração é munkar ghareeb (rejeitada).”
[5] Relatado por al-Haakim em al-Mustadrak (2/600) e Ibn Kather em al-Bidaayah wan-Nihaayah (1/229) que disse: “O seu isnaad é bom e forte.” Para uma discussão mais detalhada sobre a sua autenticidade, vide as-Saheehah (nº 1545) de Shaykh al-Albaanee.
[6] Al-Mawrid fi ‘Amalil-Mawlid (pp. 21-22).
[7] Os Battaaloon: são um das seitas desviadas Baatiniyyah, dos Faatimids, conforme al-Maqreezee menciona em al-Khatat (1/490).
[8] Em al-Baa’ith ‘alaa Inkaaril-Bida’ wal-Hawaadith (pp. 23-24). Ibn al-Jawzee afirmou algo semelhante em Miraatuz-Zamaan (8/310).
[9] Al-Bidaayah wan-Nihaayah (13/144-145) de al-Haafidh Ibn Katheer.
[10] Relatado por al-Qaadee ‘Iyaadh em ash-Shifaa fee Huqooqil-Mustafaa (2/676).
[11] Iqtidaa’us-Siraatul-Mustaqeem (pg. 295) de Ibn Taymiyyah.
Fonte: Abdurrahman.Org
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