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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Tawhid e os seus Três Tipos



A Comité Permanente para Pesquisa Académica e Ifta’
Pergunta:
Qual é o significado de Tawhid ar-Rububiyyah (unicidade na Soberania de Allah), Tawhid al-Uluhiyyah (unicidade na adoração), e Tawhid al-Asma’ wal-Sifat (unicidade nos Nomes e Atributos de Allah)?

Resposta:

1. Tawhid ar-Rububiyyah é a crença na Onipotência de Allah; Ele Sozinho é o Autor da criação, do sustento, da vida, da morte, etc.

2. Tawhid al-Uluhiyyah, é a sinceridade nos atos religiosos [serem efetuados somente por Allah] como o salah (oração), o sawm (jejum), o zakah(caridade obrigatória), juramentos e sacrifícios animais.

3. Tawhid al-Asma’ wal-Sifat significa falar dos Nomes e Atributos de Allah da mesma forma que Ele e o Seu Profeta (sallAllahu ‘alayhi wa sallam) fizeram; dando-Lhe os mesmos Nomes e Atributos que Ele se referiu a Si mesmo, dessa forma livre de tashbih (comparação), tamthil(assemelhar os Atributos de Allah aos da Sua criação), tahrif (distorção do significado), ou ta’til (negação dos Atributos de Allah).

Que Allah nos conceda sucesso. Que a paz e as bençãos estejam sobre o nosso Profeta Muhammad, sua família, e Companheiros.



Fonte: Alifta.Com
Tradução: Mariama bint Carlos

Níveis de Islam

Há três níveis no Islam: Islam, Iman e Ihssan. Cada um deles tem um significado e certos pilares ou partes essenciais.

1- Islam (submissão)

Na terminologia da Shari’ah, o seu significado varia de acordo com o uso, e este pode significar uma de duas coisas:
a) Quando a palavra é usada sozinha e não é acompanhada da palavra Iman (fé, crença), refere-se à religião como um todo, incluindo os maiores e menores assuntos da crença, palavras e acções, como Allah diz nos versos:
“Por certo, a religião, perante Allah, é o Islam.” [Qur’an 3:19]
“…e agradei-Me do Islam como religião para vós.” [Qur’an 5:3]
“E quem busca outra religião que o Islam, ela não lhe será aceita…” [Qur’an 3:85]
Então, alguns dos estudiosos definiram esta palavra como significando: Submissão a Allah, afirmando que Ele é Único (Tawhid) e submetendo-se a Ele, obedecendo-O e rejeitando o shirk e os praticantes deste.
b) Quando é usada em conjunto com a palavra Iman (fé, crença), referindo-se, neste caso, a acções e palavras exteriores, como nos versos onde Allah diz:
“Os beduínos dizem: ‘Cremos’. Dize: ‘Vós não credes, mas dizei: ‘Islamizamo-nos’; e, ainda, a Fé não entrou em vossos corações…” [Qur’an 49:14]
O Mensageiro de Allah ? distribuiu (o zakah) entre (um grupo de) pessoas enquanto Sa’d estava sentado. Sa’d disse: “Mas o Mensageiro de Allah ? deixou um homem que eu pensava ser o melhor de todos e não lhe deu nada. Eu disse: ‘Ó Mensageiro de Allah, porque deixou de lado fulano tal? Por Allah, eu considero-o como um crente com fé’. O Mensageiro de Allah ? disse: ‘Ou (meramente) muçulmano’. Eu permaneci calado por um tempo, mas não consegui deixar de repetir a minha pergunta por causa do que eu sabia deste homem. Eu disse ‘Ó Mensageiro de Allah, porque deixou de lado fulano tal? Por Allah, eu considero-o como um crente com fé’. O Mensageiro de Allah ? disse: ‘Ou (meramente) muçulmano’. Eu permaneci calado por um tempo, mas não consegui deixar de repetir a minha pergunta por causa do que eu sabia deste homem. Eu disse ‘Ó Mensageiro de Allah, porque deixou de lado fulano tal? Por Allah, eu considero-o como um crente com fé’. O Mensageiro de Allah ? disse: ‘Ou (meramente) muçulmano. Eu dou a uma pessoa, mesmo quando outra é-me mais querida, por medo de que ele possa ser atirado pelo rosto no Fogo.’” [al-Bukhari, 27; Muslim, 150]
Em relação às palavras do Profeta “Ou (meramente) muçulmano”, quando Sa’d (??? ???? ???) lhe disse “Por Allah, eu considero-o como um crente com fé”, elas significam: Não sabes da sua fé, tudo o que podes ver é o seu Islam, no sentido das suas acções exteriores.

2- Iman (fé)

Em árabe, esta palavra significa crença comprometida com submissão. Na terminologia islâmica, o seu significado varia de acordo com o uso, e pode significar uma de duas coisas:
a) Quando a palavra é usada sozinha e sem ser acompanhada da palavra Islam, refere-se à religião como um todo, como nos versos onde Allah diz:
“Allah é O Protetor dos que crêem: fá-los sair das trevas para a luz.” [Qur’an 2:257]
“E, em Allah, então, confiai, se sois crentes.” [Qur’an 5:23]
E o Profeta ? disse: “Ninguém entrará no Paraíso excepto os crentes”. [Muslim, 114]
Logo, os predecessores concordavam unanimemente que Iman significa “afirmar no coração - o que inclui acções do coração - e afirmar verbalmente e agir com as faculdades físicas. Este aumenta fazendo actos de obediência e diminui cometendo pecado”.
Então, Allah limitou a palavra Iman àqueles que aderem à Sua religião totalmente, interna e externamente, quando Ele disse:
“Os verdadeiros crentes são, apenas, aqueles cujos corações se atemorizam, quando é mencionado Allah, e, quando são recitados, para eles, Seus versículos, acrescentam-lhes fé; e eles confiam em seu Senhor; Aqueles que cumprem a oração e despendem do que lhes damos por sustento. Esses são, deveras, os crentes. Terão escalões junto de seu Senhor, e perdão e generoso sustento.” [Qur’an 8:2-4]
E Allah referiu-se ao Iman como incluindo tudo isto quando Ele disse:
“…mas a bondade é a de quem crê em Allah, e no Derradeiro Dia, e nos anjos, e no Livro, e nos profetas; e a de quem concede da riqueza, embora a ela apegado, aos parentes, e aos órfãos, e aos necessitados, e ao filho do caminho [viajante], e aos mendigos, e aos escravos; e a de quem cumpre a oração e concede az-zakah; e a dos que são fiéis a seu pacto, quando o pactuam; e a dos que são perseverantes na adversidade e no infortúnio e em tempo de guerra. Esses são os que são verídicos e esses são os piedosos.” [Qur’an 2:177]
E o Profeta ? referiu-se ao Iman com inclusão de tudo isso no hadith sobre a delegação de ‘Abd al-Qays onde ele ? disse: “Eu ordeno-vos a crer em Allah, O Único. Sabeis o que é a crença (ou fé) em Allah, O Único?”. Eles disseram: “Allah e o Seu Mensageiro sabem mais”. Ele disse: “Testemunhar que não há divindade além de Allah e que Muhammad é o Mensageiro de Allah, estabelecer a oração regular, pagar o zakah, jejuar no Ramadan e doar um quinto dos espólios da guerra”. [Al-Bukhari, 53; Muslim, 17]
O Profeta ? descreveu o jejum do mês do Ramadan por fé e esperança de recompensa como sendo parte da fé; ele também disse o mesmo em relação a passar a noite de Laylat al-Qadr em oração, cumprir promessas, jihad, Hajj, participar de funerais, etc.
Ele ? disse: “A fé tem cerca de setenta ramos, o mais alto sendo la ilaha il Allah e o mais baixo sendo a remoção de algo nocivo do caminho.” [Al-Bukhari, 9; Muslim, 35]
b) Quando a palavra Iman é usada em conjunto com a palavra Islam, é entendida como se referindo a crenças internas como no hadith de Jibril, etc., a como no hadith do Profeta ? quanto ao du’a funerário: “Ó Allah, quem entre nós Tu fizeste viver, faça-o viver em [estado de] Islam, e quem entre nós fizeste morrer, faça-o morrer em [estado de] fé”. [Al-Tirmidhi, 1-24; hasan sahih. Classificado como sahih por Al-Albani em Sahih Sunan At-Tirmidhi, 1/299]
Isto significa que acções físicas podem ser cumpridas só durante a vida, mas quando alguém está a morrer, tudo o que resta são as palavras e acções do coração.
A questão é que quando uma das palavras, Iman ou Islam, é usada sozinha, não há diferença entre elas, pois quando são usadas sozinhas, elas referem-se a toda a religião. Se há alguma diferença entre elas, então a palavra Islam refere-se a acções físicas externas e a palavra Iman refere-se a acções do coração internas. Isto é o que foi indicado no hadith de Jibril, onde Ibn Al-Khattab disse:
“Um dia, quando estávamos com o Mensageiro de Allah ?, apareceu um homem perante nós cujas roupas eram extremamente brancas e cujo cabelo era extremamente preto, e não havia sinais de que tivesse viajado. Ninguém entre nós o reconheceu. Ele veio e sentou-se perto do Profeta ? e descansou os seus joelhos contra os dele e colocou as suas palmas sobre as suas coxas. Ele disse: ‘Ó Muhammad, conta-me sobre o Islam’. O Mensageiro de Allah ? disse: ‘O Islam é testemunhar que não há nada que mereça ser adorado excepto Allah e que Muhammad é o Mensageiro de Allah, estabelecer a oração regular, pagar o zakah, jejuar no Ramadan e fazer a peregrinação à Casa se for capaz’. Ele disse: ‘Falaste a verdade’. E nós estávamos surpresos com a sua pergunta e quando disse que ele tinha dito a verdade. Então ele disse: ‘Conta-me sobre o Iman”. Ele ? disse: ‘Significa crer em Allah, nos Seus anjos, nos Seus Livros, nos Seus Mensageiros e no Último Dia, e crer em al-Qadr (vontade e decreto divinos), ambos bom e mau’. Ele disse: ‘Falaste a verdade’. Ele disse: ‘Conta-me sobre Ihssan’. Ele ? disse: ‘Significa adorar a Allah como se O conseguisses ver, e mesmo que não O consigas ver, Ele vê-te’. Ele disse: ‘Conta-me sobre a Hora’. Ele ? disse: ‘Aquele que é questionado não sabe mais do que aquele que questionou’. Ele disse: ‘Conta-me sobre os seus sinais’. Ele ? disse: ‘A serva dará à luz à sua patroa, e verás os pastores descalços, nus e destituídos a competir na construção de edifícios altos’. E depois ele partiu e eu fiquei por um tempo. Depois ele ? disse: ‘Ó ‘Umar, sabes quem era o interrogador?’. Eu disse: ‘Allah e o Seu Mensageiro sabem mais’. Ele ? disse: ‘Ele era Jibril, que veio ensinar-vos a vossa religião’.” [Muslim, 8]

3- Ihssan (fazer algo com excelência, perfeita e sinceramente)

Na terminologia islâmica, o seu significado varia de acordo com o uso e pode significar uma de duas coisas:
a) Quando a palavra é usada sozinha e não é mencionada em conjunto com Islam ou Iman, esta refere-se à religião como um todo, como mencionado acima em relação às palavras Islam e Iman.
b) Quando esta é usada em conjunto com alguma ou ambas as palavras Islam e Iman, o significado é aperfeiçoar as acções internas e internas.
O Profeta ? explicou de uma maneira que nenhum outro ser criado poderia explicar, excepto ele, por causa da dádiva do discurso conciso que Allah lhe deu. Ele ? disse: “Significa adorar a Allah como se O conseguisses ver, e mesmo que não O consigas ver, Ele vê-te”.
Este é o nível mais elevado do Islam. Aqueles que o alcançam são os primeiros a fazer o bem, aqueles que serão os mais próximos de Allah nos níveis mais altos do Paraíso.
O Profeta ? disse-nos que o nível de Ihssan é de duas categorias, uma mais elevada que a outra.
A primeira posição é a mais elevada das duas: Adorar a Allah como se o conseguíssemos ver. Isto significa que uma pessoa age como se conseguisse ver Allah no seu coração, então o seu coração enche-se de luz e os assuntos do invisível tornam-se quase como o que é visível (isto é, tornam-se uma realidade para ele). Quem adora a Allah, consciente da Sua proximidade e voltando-se para Ele, e agir como se estivesse perante Allah, olhando para Ele, será obrigado a gemê-lo e a venerá-Lo.
A segunda posição é a de sinceridade e consciência de que Allah está sempre a ver. Isto significa que uma pessoa age com consciência de que Allah pode vê-lo e está Próximo dele. Se uma pessoa tem isto em mente e age de acordo, então ele será sincero para com Allah porque esta conscientização impedi-lo-á de ficar atento a alguém além Allah ou a fazer algo pela causa de qualquer outro. Se uma pessoa alcançar esta posição, tornar-se-á mais fácil para ela chegar à posição descrita acima. Então o Profeta ? disse: “…e mesmo que não O consigas ver, Ele vê-te”. Se uma pessoa entender verdadeiramente ao adorar a Allah que Ele pode vê-lo e sabe de todas as suas acções, ocultas e visíveis, internas e externas, e que nada é oculto d’Ele, então será fácil para ele mover da posição mais baixa para a mais alta, que é a conscientização constante de que Allah está Próximo do Seu servo e está com ele, porque é como se ele O visse.
Pedimos a Allah da sua recompensa.
[Veja Ma’arij al-Qubul por Sheikh Hafiz al-Hakami, 2/20-33, 326-328; al-Majmu’ al-Thamin, 1/49, 53.’ Jami’ al-‘Ulum wa’l-Hukam, 1.106]
Fonte: IslamQA
Tradução e adaptação: Cláudia Sofia Simões

A Ação Aceitável

Shaykh Muhammad Nasirud-Din al-Albani - Revista “Al-Hijra” (Vol. 4, Nº2)
 Revista “Al-Ibaanah Edição Nº 1 - Dhul-Qa’dah 1415H/Abril 1995

Por conseguinte, nestes ahadith, o Profeta, sallAllahu ‘alayhi wa sallam, encorajou-nos a fazer as nossas ações virtuosas, quer seja no ganho de riquezas ou em outros assuntos. No entanto, devemos nos lembrar de um certo facto sobre esta ação, um facto que muitos negligenciam. A explicação deste facto deve, na verdade, ser uma aula por si mesma; e isto é que somente uma ação virtuosa é benéfica, e não apenas qualquer ação.


Assim, quais são as condições que um muçulmano deve cumprir de forma a que a [sua] ação seja virtuosa? Isto é mostrado na afirmação de Allah - o Exaltado e Sublime:
“Dize: "Sou, apenas, um mortal como vós; revela-se-me que vosso Deus é Deus Único. Então, quem espera pelo deparar de seu Senhor, que faça boa ação e não associe ninguém à adoração de seu Senhor." [Surah Al-Kahf (18):110]

Duas Condições Importantes
Os sábios de Tafsir disseram que a parte final deste versículo é uma indicação de que existem duas condições para a aceitação e virtuosidade de uma ação: [1]
Primeiro: Que a ação deve estar de acordo com a Sunnah. Portanto, se a ação for feita como um ato de adoração porém não estiver em conformidade com a Sunnah, não é uma ação virtuosa. O motivo é que a concordância com a Sunnah é uma das condições para a virtuosidade de uma ação. As provas disso são muitas, mas é suficiente mencionar apenas uma: o hadith do Profeta, sallAllahu ‘alayhi wa sallam no qual disse: “Quem quer que inove neste nosso assunto o que não está nele, ser-lhe-á rejeitado.” [2]

Assim, qualquer ação que não era parte do Islam quando Allah o revelou sobre o coração do Profeta Muhammad, sallAllahu ‘alayhi wa sallam, não é uma ação virtuosa. Acerca disso, Allah - o Altíssimo - diz:
“ Hoje, eu inteirei vossa religião, para vós, e completei Minha graça para convosco e agradei-Me do Islão como religião para vós.” [Surah Al-Ma’ida (5):3]

Deve-se lembrar que bid’ah (inovação) não está dividida em cinco categorias, como alguns sábios afirmaram. Uma prova para isto é que o Profeta, sallAllahu ‘alayhi wa sallam, disse: “Toda a inovação é desvio, e todo o desvio está no Fogo do inferno.” [3]

Segundo: Depois de estar em conformidade com a Sunnah, a ação deve ser sincera, puramente buscando a Face de Allah - o Altíssimo - porque Allah diz no fim do versículo acima mencionado: “(...) e não associe ninguém à adoração de seu Senhor."Isto significa que a pessoa busque, pela sua ação virtuosa, apenas a Face de Allah - o Exaltado e Sublime. Contudo, se ela buscar com isso outro que não Allah, então terá estabelecido parceiros com Allah (cometeu shirk com Allah), portanto a sua ação é rejeitada.

Isto é confirmado por Allah num hadith Qudsi autêntico: “Eu sou tão auto-suficiente que não necessito de ter parceiros. Assim, quem quer que faça uma ação pela causa de um outro alguém assim como por Mim, terá essa ação rejeitada por Mim, para ele quem ele associou Comigo.” [4]

Consequentemente, se a ação for virtuosa mas não for sincera pela causa da Face de Allah, é rejeitada. Além disso, se a ação for puramente pela causa da Face de Allah, mas não estiver em conformidade com a Sunnah, é igualmente rejeitada.

Fonte: The Righteous Action – Shaykh Muhammad Nasirud-Din al-Albani – Revista Al-Hijra (vol.4 no.2)

Referências:
[1] Ibn Kathir menciona no Tafsir Qur’an ul-’Adhim (3/114): “Deste modo, para que uma ação seja aceite deve cumprir duas condições. Primeiro: Deve ser sincera por Allah apenas. Segundo: Deve ser correta e em conformidade com a Shari’ah. Assim, se a ação for sincera, mas não correta, não será aceite.”
[2] Relatado por al-Bukhari (5/301) e Muslim (nº 1718) - de ‘Aishah, radhiAllahu ‘anha.
[3] Suratul-Mai’da (5):3. Imam ash-Shatibi relata em al-’Itisam (I/49): “Imam Malik - rahimahullah - disse: Quem quer que introduza no Islam uma inovação terá mentido contra a mensagem de Muhammad, sallAllahu ‘alayhi wa sallam. Uma vez que Allah disse:“Hoje, eu inteirei vossa religião, para vós (...).” Portanto o que quer que não fosse religião naquele dia não pode ser considerado como parte da religião hoje.”
[4] Relatado por Muslim (nº 2985) e Ibn Majah (nº 4202) - de Abu Hurayrah, radhiAllahu ‘anhu.


Tradução: Mariama bint Carlos

terça-feira, 3 de janeiro de 2017


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Em nome de Allah o todo poderoso criador do ceu e da tarra e dos seus humanos...

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O Qur’an e a Arca de Noé

O Qur’an e a Arca de Noé
Fonte: ‘The Observer’ (por Martin Wroe)


Martin Wroe, LONDRES – A Arca de Noé foi encontrada na fronteira turco-Iraniana, a 32 quilómetros do Monte Arafat, de acordo com o líder de uma equipe de cientistas que tem estado a investigar o local por seis anos.

O governo turco está tão convencido pelas descobertas que, após anos de intransigência, designou o local como um dos interesses arqueológicos especiais e concordou com a sua escavação no próximo verão.

O local remoto contém um objeto enterrado, semelhante a um navio, repousando a uma altitude de 2,300 metros. De 170 metros de comprimento e 45 metros de largura, conforma-se quase que exatamente com o barco dos 300 cúbitos por 50 cúbitos que Deus disse a Noé que construísse, de acordo com Gênesis, versículo 6 na Bíblia.

No terreno circundante, os cientistas americanos e os do Médio Oriente identificaram pedras enormes com buracos esculpidos numa extremidade, o que acreditam serem “pedras-drogue”, arrastadas atrás de navios no mundo antigo para os estabilizar. Sondagens de radar apontaram para raros níveis de distribuição de óxido de ferro.

Salih Bayraktutan, chefe de geologia na Universidade Ataturk da Turquia, estima a idade da ‘embarcação’ em mais de 100,000 anos. “É uma estrutura feita pelo homem e com certeza que é a Arca de Noé.” A localização é diretamente abaixo da montanha de Al-Judi, nomeado no Qur’an como o local de repouso da Arca.

David Fasold, um especialista americano em naufrágios sem nenhuma afiliação religiosa, liderou a investigação. Ele diz que as pesquisas do radar subsuperficial do local produziram “imagens muito boas.” “As imagens do radar a aproximadamente 25 metros abaixo da popa são tão claras que é possível contar as tábuas entre as paredes.”

Ele acredita que a equipe encontrou os restos fossilizados do convés superior e que a subestrutura original de junco terá desaparecido. Porém, as descobertas enfureceram as contagens dos caçadores da Arca cristãos que viajaram à Turquia, convencidos de que a Arca seria encontrada apenas no Monte Arafat.

Fasold, que se chama a si mesmo de um “Arcalogista”, também argumenta que não foi um grande dilúvio que puxou a Arca para as montanhas. Ele diz que foi um evento astronómico que causou uma convulsão tectónica, um macaréu que causou uma atração gravitacional nas águas oceânicas forçando o barco para as montanhas.

Alguns dos geofísicos e géologos da equipe de Fasold estão reservando o julgamento final até à escavação e datação por carbono. Porém, numa série da televisão britânica sobre o ambiente no próximo mês, o membro do grupo Vendyl Jones, um arqueólogo do Médio Oriente e inspiração para a personagem do filme Indiana Jones, diz que está “entre talvez e provável” que tenham encontrado a Arca de Noé.

Jornal ‘The Observer’, 16 de janeiro de 1994


Prólogo: O verso do Qur’an especificando o local de repouso da Arca de Noé é encontrado no capítulo Hud, verso 44 (Qur’an11:44). O verso diz:
“E foi dito: ‘Ó terra! Engole tua água’ e ‘Ó céu! Detém-te’. E a água diminuiu e a ordem foi encerrada, e ele se instalou em Al Judy. E foi dito: ‘Para trás! Para o povo injusto!’”

O verso 49º do mesmo capítulo diz:
“Esses são alguns informes do Invisível, que te revelamos, Muhammad. Não os conhecias, antes disso, nem tu nem teu povo. Então, pacienta. Por certo, o final feliz é para os piedosos.”


Tradução: Mariama bint Carlos

A Criação do Universo no Alcorão

As origens do Universo. Um dos princípios mais indiscutíveis da cosmologia é que o universo foi formado a partir de uma matéria quente, uma mistura de fumaça, gases e partículas. A formação das estrelas ainda pode ser observada, até hoje, nos corações das nebulosas (que se presume ser restos ou imitações de nuvens de poeira primordiais).
A menção relevante no Alcorão é a seguinte: 
Em seguida, dirigiu-se ao céu, enquanto fumo, e disse-lhe e à terra: “Vinde ambos, de bom ou de mau grado”. Ambos disseram: “Viemos obedientes”. (Alcorão, 41: 11)
Que os céus tenham sido " fumo" é uma descrição precisa da nuvem de poeira primordial – “fumo” é uma descrição melhor que “nuvem”, porque as nuvens evocam a imagem de uma névoa fria e estática. Considerando que o fumo descreve uma massa gasosa quente em redemoinho com partículas em suspensão. Os astrônomos têm encontrado galáxias em formação no espaço hoje em dia, e isso é precisamente como se parecem.
A segunda linha da citação acima menciona "vinde ambos", um comentário notável sobre a união necessária das partículas elementares em um núcleo central de matéria condensada. É a ruptura desta massa central superdensa da qual se originou o "Big Bang", através do qual o universo se expandiu. Mais uma vez, o Alcorão se refere ao processo:
E os que renegam a Fé não viram que os céus e a terra eram um todo compacto, e Nós desagregamo-los, e fizemos da água toda cousa viva? (Alcorão 21: 30)
A compreensão da origem do universo, e, em especial, o conceito de uma origem comum dos céus e da terra, só foi obtido no século XX. Proposto pela primeira vez em 1920 por Alexander Friedmann e Abbé Georges Lemaître (e, posteriormente, popularizado por George Gamow e colaboradores), o Big Bang suplantou teoria criacionista. E aqui está o ponto – se a teoria criacionista era tudo o que estava na mente do homem, até 1920, seria uma conquista extraordinária um beduíno do deserto ter concebido o Big Bang treze séculos antes. 
Mas, é claro, ele não fez.
Ele não poderia fazê-lo.
A complexidade do conhecimento e da tecnologia necessária para desenvolver a teoria do Big Bang (ou do Hot Big Bang, como é agora conhecido, uma vez que a temperatura em 0.0001 segundos foi calculada como tendo sido aconchegantes 1012 graus Kelvin) confunde a mente.
Basicamente, a teoria do Big Bang necessita duas principais premissas, a primeira é que a teoria geral da relatividade de Einstein definiu com precisão a interação gravitacional da matéria, e a segunda é o princípio cosmológico, que é de tal complexidade que está fora do alcance deste livro. Basta dizer que a teoria foi validada através da medição dos níveis de hidrogênio, hélio e lítio, bem como a radiação remanescente de micro-ondas, que por si só foi descoberta em 1965. Nada disso estava disponível antes do final do século XX. No início do século sétimo, tudo o que Muhammad possuía, além da revelação, era uma visão clara do céu noturno.
Deriva continental.
Por volta do ano de 1800, Alexander von Humboldt observou que o bojo da América do Sul se ajusta quase perfeitamente ao côncavo da costa oeste da África. Com base nesta observação, ele sugeriu que as massas de terra que fazem fronteira com os lados opostos do Atlântico estavam unidas antes. 
Cinquenta anos mais tarde, Antonio Snider-Pellegrini observou a coerência entre a sugestão de Von Humboldt e o registro fóssil, que revelou fósseis idênticos de plantas nos depósitos de carvão da América do Norte e Europa.
Outro meio século mais tarde, em 1912, o meteorologista alemão, Alfred Wegener, propôs o conceito de deriva continental. Ele sugeriu que todas as massas de terra estiveram unidas em algum período em um continente, que ele nomeou Pangeia. Com base na evidência geológica e paleontológica, ele propôs que Pangeia se separou durante o período Triássico (245 a 208 milhões de anos atrás, mais ou menos em um longo fim de semana). A separação e subsequente deriva levou a posição atual das massas de terra do mundo (embora, de acordo com as medidas modernas, essas massas de terra ainda estão à deriva).
Em 1937, Alexander L. Du Toit refinou a teoria de Wegener para incluir duas massas de terra originais, Laurasia ao norte e Gondwana ao sul.
A congruência das plataformas continentais, a evidência da glaciação compartilhada, a semelhança de rochas e estruturas geológicas, o registro paleontológico, a teoria da expansão do solo oceânico e o magnetismo residual tudo apoia que hoje é aceito como a teoria da deriva continental. Assim... A deriva continental parece ter sido descoberta. No século XX. 1.400 anos depois que o Alcorão Sagrado registrou o versículo: "E é Ele Quem estendeu a terra..."(Alcorão, 13: 3) 

Trecho do livro "God'ed" Lawrence Bronw